Google desbanca Microsoft e ganha contrato do Departamento do Interior dos EUA

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O Departamento do Interior dos Estados Unidos escolheu o Google para prestação de serviços de e-mail e projetos colaborativos, em um contrato no valor de US$ 34,9 milhões nos próximos sete anos. Com isso, mais de 90 mil funcionários passarão a utilizar sistemas do Google, mudança considerada um revés para a Microsoft. A seleção  acontece dois anos após a gigante de buscas ter movido uma ação judicial por conta de um contrato prévio, com duração de cinco anos, assinado pelo Departamento do Interior com a Microsoft, orçado em US$ 59,3 milhões.

O Google alegava que a agência havia favorecido a rival na escolha do sistema de e-mail e retirou a ação apenas no ano passado, quando o órgão anunciou que iria reconsiderar propostas alternativas sobre os serviços.

Segundo o The Wall Street Journal, o contrato assinado com o Google foi mais por razões econômicas porque os serviços serão acessados por meio de navegadores de internet, o chamado sistema de e-mails baseado na nuvem. Isso elimina a necessidade de suporte e manutenção de software. O secretário Ken Salazar disse que o novo sistema irá modernizar a agência e cortar gastos. Ele descreveu o contrato como parte de uma iniciativa do órgão de utilizar "tecnologias modernas para economizar até US$ 500 milhões até 2020".

A fabricante do Windows não recebeu bem a notícia. Em nota, manifestou seu desapontamento com o Departamento do Interior. "A Microsoft tem um relacionamento longo e positivo com o Departamento do Interior e está trabalhando em diversas iniciativas para o órgão em parceria com empresas. Apesar de estarmos desapontados com essa notícia, iremos aumentar nossos parceiros para revisão e entendimento dos motivos desta decisão. A Microsoft permanece comprometida a oferecer a seus clientes serviços na nuvem com performance, segurança, privacidade e outras capacidades que eles esperam e merecem", diz a nota.

A unidade de negócio do Google responsável por esses serviços, o Google Apps, representa uma pequena fração da receita anual de US$ 30 bilhões da companhia. Mesmo assim, pessoas ligadas ao assunto estimam que a cifra deve chegar a US$ 1 bilhão por ano, por isso é vista com atenção dentro da empresa.

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