As vendas mundiais de chips totalizaram US$ 301 bilhões no ano passado. A cifra representa uma elevação de 3,7% na comparação com o registrado em 2010, segundo dados da IDC. De acordo com a consultoria, as incertezas macroeconômicas nos Estados Unidos e na Europa, somado ao desequilíbrio na oferta de chips provenientes do Japão, após o terremoto e o tsunami que atingiram o país no início de março daquele ano, e as enchentes na Tailândia, em outubro, que alagaram várias fábricas de partes e componentes de computadores, causaram desaceleração nas vendas no segundo semestre.
Apesar desse cenário, a IDC diz que explosão no consumo de smartphones, tablets, notebooks, além do aumento da implantação de data centers e da comunicação sem fio garantiu o consumo robusto.
A Intel manteve a liderança no ranking dos fabricantes de chips, com receita de US$ 51,8 bilhões, o que representou um aumento de 3% na participação de mercado, segundo a consultoria. Em segundo lugar aparece a Samsung, com US$ 29 bilhões de receita, seguida pela Texas Instruments, Toshiba e Renesas Electronics. As duas últimas empresas tiveram crescimento favorecido pela valorização da moeda japonesa frente ao dólar.
Os dez maiores fabricantes responderam por 53% da receita global, alta de 3% na comparação com 2010. A IDC destaca também o desempenho da Apple, que aumentou em 140% a demanda por semicondutores devido a vendas recordes de iPhone e iPad.
As regiões da Ásia-Pacífico e das Américas cresceram acima do nível mundial, mas o Japão e a Europa, em contrapartida, registraram retração. Entre os segmentos consumidores de chips, o de computação registrou declínio em 2011, em razão da queda nos preços de memórias DRAM – usados em computadores e outros aparelhos eletrônicos. Em contrapartida, os segmentos de comunicações sem fio e semicondutores voltados ao setor automotivo tiveram elevação de 10%.
Para o diretor de pesquisa Mali Venkatesan, as grandes empresas do setor devem considerar aquisições e fusões no próximo ano. Para este ano, a expectativa da IDC é que haja uma efetiva aceleração no segundo semestre, que impulsionará o crescimento da receita da indústria do setor entre 6% e 7%.