Em recente dados divulgados pela MapBiomas, as áreas queimadas no Brasil durante o período de janeiro a abril de 2023 representam um total de 1.427.115 hectares (ha), sendo abril o mês com maior registro, contabilizando 541 mil ha.
Os dados apontam que o estado de Roraima foi o mais afetado, com 477.548 mil ha, seguido de Goiás. Ao todo, 71,3% das queimadas acometeram a formação campestre que possui vegetação herbácea, gramíneas e arbustos de pequeno porte. Já as queimadas florestais representam 14,8%.
De acordo com Pedro Curcio, CEO da iNeeds, startup especializada em tecnologias que auxiliam no desenvolvimento das cidades, já existem produtos que são eficientes e podem ajudar a combater os incêndios.
"Atualmente, já existem diversas tecnologias que funcionam através de IoT (Internet das Coisas), que fazem o uso de sensores e podem detectar os incêndios ainda em estágio inicial, na fase de combustão lenta", afirma.
O especialista ressalta que o Detector de Incêndios Florestais da iNeeds monitora o microclima, medindo temperatura, umidade e pressão do ar. "O sensor integra a detecção de qualidade do ar e a detecção de gases, permitindo identificar de forma precisa e confiável a presença de fogo, monóxido de carbono e outros gases em níveis de partes por milhão (ppm). Utilizando inteligência artificial incorporada, o sensor é capaz de distinguir com precisão um incêndio real, evitando falsos positivos", explica.
Segundo Luiz Sourient, CTO da iNeeds, após o sensor identificar que há algum tipo de fogo no local, ele envia automaticamente um aviso de alerta ao receptor localizado na sala de monitoramento da Defesa Civil do município, que irá tomar as medidas necessárias para conter o incêndio.
Sourient afirma que o Detector de Incêndios Florestais é projetado para operar por longos períodos, exigindo apenas pequenas manutenções quando necessário. Além disso, o sensor funciona com energia limpa por meio de seu painel solar integrado.
