O estudo Digital Health Technology Vision 2022 da Accenture mostra que 81% dos executivos do setor de saúde acreditam que o metaverso irá impactar suas organizações de forma positiva.
De acordo com o levantamento "Accenture Digital Health Technology Vision 2022", o "metaverse continuum" é um espectro de mundos, realidades e modelos de negócios digitalmente aprimorado que irá transformar praticamente todos os aspectos da vida e dos negócios na próxima década e além, incluindo o setor de saúde.
"O metaverso parece ser algo futurista e distante, mas está ganhando corpo hoje", explica Rich Birhanzel, líder global para o setor de saúde na Accenture. "Visualizamos as oportunidades que ele pode oferecer a fim de aprimorar como as pessoas gerenciam seus dados de saúde, interagem com organizações de saúde e o modo como essas organizações apoiam as pessoas em suas jornadas de saúde e bem-estar. As empresas de saúde que começarem a investir estrategicamente na construção de uma base de tecnologia digital de alto desempenho agora ajudarão a moldar o futuro do setor — aumentando os níveis de acesso, experiências, confiança e resultados com foco nas pessoas."
De acordo com o estudo, as organizações do setor de saúde também estão se preparando para outros avanços tecnológicos. Por exemplo, mais de 80% dos executivos do setor afirmaram que o número de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e com operação na borda implantados em seus organizações aumentou significativamente ou exponencialmente ao longo dos últimos três anos. E quase todos (96%) disseram que o sucesso a longo prazo de suas organizações dependerá da computação de próxima geração para lidar com os problemas que os computadores de hoje têm dificuldade para resolver.
"Ao investir em uma base de tecnologia digital para a saúde, as principais empresas do setor registraram um progresso significativo ", explica Kaveh Safavi, M.D, J.D e diretor sênior da Accenture Health. "O metaverso é o futuro. É nele que poderemos vivenciar a internet do lugar e a internet da propriedade na área da saúde. Equipes cirúrgicas, por exemplo, podem aprender novos procedimentos sem precisar estar fisicamente na mesma sala de cirurgia. Outra vantagem é que os pacientes poderão passar suas informações médicas com segurança a um profissional de saúde, mesmo em viagens".
O estudo Digital Health Technology Vision 2022 da Accenture analisa quatro tendências tecnológicas que terão papel importante na transformação do setor de saúde ao longo dos próximos anos.
• O WebMe descreve a transformação da internet com o metaverso, tornando-se uma plataforma para experiências digitais em espaços ilimitados para o usuário. A Web3 está reinventando a propriedade de dados, que passam a pertencer às pessoas e a se movimentar com elas, não com a plataforma. No metaverso é possível transcender o tempo e o espaço para simular interações, encurtar ciclos de aprendizagem e treinar procedimentos, no caso da capacitação de cirurgiões.
• O Mundo Programável rastreia de que forma a tecnologia está sendo inserida nos nossos ambientes físicos em três camadas: conectada, experiencial e material. Enquanto o metaverso trata de alavancar a experiência imersiva do mundo virtual, o mundo programável foca a construção da próxima versão do mundo físico na área da saúde. Tecnologias como 5G, computação de ambiente, realidade aumentada, impressão 3D e materiais inteligentes estão convergindo de formas cada vez mais sofisticadas, transformando o mundo físico em um ambiente tão inteligente, personalizável e programável quanto o digital. As empresas de saúde poderão construir e entregar novas experiências, além de reinventar suas próprias operações, para um novo tipo de mundo, onde será possível adaptar os espaços físicos às nossas necessidades.
• O Irreal explora as qualidades "irreais" cada vez mais importantes para a inteligência artificial e até mesmo para os dados, fazendo com que o sintético pareça autêntico. Dados sintéticos estão sendo usados para treinar modelos de IA de formas que os dados do mundo real praticamente não conseguem. Os dados sintéticos conseguem representar conjuntos de dados de pacientes para uso em pesquisa, treinamento ou outras aplicações. Esses dados realistas (ainda que irreais) podem ser compartilhados, mantendo as propriedades estatísticas e protegendo a confidencialidade e a privacidade dos pacientes. Eles podem ser desenvolvidos a fim de acomodar o aumento da diversidade para combater possíveis vieses, superando assim as armadilhas dos dados do mundo real.
• Já a Computação do Impossível marca o surgimento de uma nova categoria de equipamentos que vão além do que os computadores conseguem fazer. Estamos falando da computação quântica. Problemas antes considerados impossíveis de resolver por exigirem o processamento de conjuntos de dados grandes e complexos estão agora no reino do possível. Graças à computação quântica, os executivos de saúde podem testar diferentes cenários e encontrar dependências complexas em menos tempo. Por exemplo, os dados podem ajudar a tratar melhor doenças ou prever surtos de vírus.