As novas tecnologias da informação e comunicação já são uma realidade no judiciário brasileiro e têm alterado profundamente a ciência processual e os trâmites dentro dos tribunais. Para discutir essas transformações e os prós e contras da informatização do sistema judiciário, bem como os meios que estão sendo adotados para prevenção dos riscos de fraudes em sentenças, a Comissão de Direito na Sociedade da Informação da OAB-SP realizará, na próxima semana, uma mesa-redonda com algumas das maiores autoridades no assunto do país.
O desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, Antônio Pessoa Cardoso, fará a abertura do evento, e o mediador dos trabalhos será o juiz Ronaldo Alves de Andrade, professor de mestrado da FMU e da Escola Paulista de Advocacia (Iasp).
Para o desembargador, a implantação do processo eletrônico é absolutamente necessária para que se possa obter maior agilidade e eficácia nos processos judiciais. Ele lembra que "quando os automóveis foram criados, muitos não aprovaram, defendendo a volta das carruagens, pois diziam que os automóveis não eram seguros. Hoje em dia o carro é indispensável na vida da sociedade".
Maia Filho também defende o novo sistema e afirma que "apesar de muita resistência de alguns, a modernização dos processos judiciais é inevitável". O encontro pretende discutir ainda as vantagens e dificuldades encontradas pelos tribunais que já adotaram ao novo sistema, e como estão sendo tratadas as ameaças virtuais que possam comprometer a lisura dos processos após sua informatização.