RFID pode substituir pulseiras eletrônicas em maternidades

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No dia 11 de agosto, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei que obriga os hospitais e maternidades públicos e privados a colocarem pulseiras eletrônicas em recém-nascidos. De acordo com o projeto, o acessório deve ser colocado logo após o parto e retirado somente após a alta hospitalar, na presença da mãe. O prefeito da cidade, Gilberto Kassab, ainda precisa sancionar a nova lei.
Os estabelecimentos de saúde também deverão colocar sensores em todas as saídas para identificar e acionar a pulseira, fazendo com que o aparelho emita um sinal sonoro. O sistema é parecido ao usado para evitar furtos em lojas de roupas e de eletrodomésticos.
A medida visa dar mais segurança aos 458 partos diários na capital paulista. No ano passado, foram 167.321 recém-nascidos na cidade, a maioria em hospitais da rede pública. De acordo com o projeto aprovado, no caso dos hospitais públicos, os gastos serão cobertos "por dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário". Como o orçamento é elaborado sempre no ano anterior, isso indica que a aplicação da lei deve começar a partir do próximo ano.
A TransWireless, empresa brasileira de desenvolvimento de soluções de identificação por radiofrequência (RFID, na sigla em inglês), está trabalhando para oferecer essas soluções para os hospitais. Os braceletes para os recém-nascidos funcionam com uma "tag" de alta sensibilidade e são rastreados por um sistema de captura do sinal, que envolvem leitores e antenas instalados nos hospitais, cobrindo a área a ser monitorada.
Para João Carlos Bentivegna, diretor da empresa, a medida, caso seja sancionada pelo prefeito Kassab, poderá ser facilmente cumprida. "Trouxemos a solução hospitalar completa para o Brasil. É possível atender à lei, de imediato, instalando as pulseiras e os dispositivos sonoros nos bebês, nos andares e nas saídas dos hospitais", afirma.
O sistema transporta dados em uma etiqueta (também conhecida como um transponder ou tag), que tanto pode fornecer identificação de um item do processo de fabricação do transporte ou do estoque, como pode monitorar uma grande variedade de objetos, pessoas ou animais.
A RFID utiliza transmissões de radiofreqüência entre um emissor de sinal e um leitor para permitir que a identificação aconteça e alcance um nível que não requer linha de visão entre a tag e o leitor, superando as limitações dos sistemas de identificação convencionais, como o código de barras, por exemplo.
Um dos benefícios da tecnologia é a sua capacidade para ler as tags em ambientes de alta velocidade, respondendo em menos de 100 milissegundos na maioria dos casos. Além disso, é totalmente automática e transparente, eliminando a necessidade de digitalizar um objeto manualmente ou ativar uma fita magnética, um leitor ou qualquer outro contato.
"Existem hospitais que se preocupam com o atendimento e bem estar de seus pacientes e já possuem um sistema de controle através do uso de códigos de barras. A RFID vem como um avanço a estes procedimentos, pois dispensa a utilização de leitores óticos e leituras individualizadas em cada paciente", afirma Bentivegna.
O executivo explica que, além da pulseira sonora, a solução da empresa permite também a obtenção de informações em tempo real dos procedimentos realizados nos recém-nascidos. Estas informações possibilitam o monitoramento remoto de um número maior de pacientes, assim como o acompanhamento do tratamento dispensado, consultas médicas, prescrição a administração de medicamentos, atendimento e protocolos de enfermagem entre outras funções típicas do ambiente hospitalar. "Isso facilita o acompanhamento médico de cada paciente", finaliza.

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