Em seu esforço permanente para conquistar a confiança dos consumidores, fator vital para o sucesso de campanhas publicitárias, os anunciantes e profissionais de marketing encontram no estudo Trust In Advertising, da Nielsen, dicas sobre a quantas anda a credibilidade de cada formato de anúncio junto a consumidores de todo o mundo (veja quadro.)
A boa notícia é que, de acordo com mais de 29 mil entrevistados de 58 países, a confiança na publicidade online está aumentando, assim como a confiança em anúncios nas telas de TV, no rádio e no cinema. O instituto de pesquisa comparou as respostas de 2013 com outra pesquisa realizada em 2007.
A má notícia vai para a indústria de jornais. Os dados da pesquisa apontam que os anúncios nesses veículos de comunicação foram o único formato em declínio no período de seis anos. Entre os entrevistados, 61% confiam nesse formato, contra 63% em 2007. Mas não há motivos para pânico, ainda. Os anúncios em jornal, assim como os de TV e revistas, permanecem entre os mais confiáveis no mundo da publicidade paga.
Quanto aos líderes de confiança, o ranking da Nielsen confirma um senso comum: não importa o quanto se investe em criatividade, tecnologia de marketing e canais emergentes, o conhecido boca a boca entre amigos é o grande campeão de credibilidade na opinião do público. Não menos do que 84% dos respondentes globais elegeram essa forma de publicidade informal como a mais confiável.
No que se refere a gastos com publicidade, a TV continua no front, imbatível. Mas os pesquisadores ressaltam o crescimento do hábito, entre os consumidores, de recorrer à mídia online para obter informações sobre marcas, e de como esses consumidores conectados têm sido "empoderados" como defensores de suas marcas favoritas.
Vale observar a boa pontuação da publicidade em sites de marca, cujo nível de confiança saltou 9 pontos percentuais, para 69% em 2013. Esse desempenho rendeu ao formato o segundo lugar este ano, um avanço considerável em relação ao quarto lugar obtido em 2007.
Os responsáveis por campanhas de e-mail marketing também fizeram o dever de casa, aparentemente. A confiança nesse formato de publicidade (muitas vezes confundido, erroneamente, com spam) aumentou 7 pontos percentuais em relação a 2007. Este ano, 56% dos entrevistados disseram confiar nos e-mails consentidos pelos consumidor.
Por fim, anúncios em banners online e anúncios de texto em celular amargam o título de lanterninhas no quesito credibilidade. Apenas 42% e 37% dos respondentes, respectivamente, afirmaram confiar nesse tipo de publicidade. O que pode servir de consolo para os times de marketing é que essa drescença já foi muito pior. Há seis anos, esses baixos índices de confiança eram, respectivamente, 16 e 19 pontos percentuais menores.
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