Ah, os anos 90! Foram maravilhosos, não foram? Nirvana lançou 'Nevermind', as pessoas passaram a ficar online e todos tinham certeza de que o bug Y2K traria o fim do mundo. Você quer saber o que mais foi incrível nesse período também? Jogos de computador! A década de 90 produziu alguns dos mais inspiradores e inovadores jogos de computador que mundo já viu. Você pode ter jogado "Age of Empires, que foi um game muito influente para o seu tempo, relacionado com estratégias em tempo real, mas não podemos ignorar o fato de 'Sid Meier's Civilization' ter chegado primeiro, em 1991, com apenas um objetivo: construir um império que pudesse durar.
Neste game, o jogador assumia o papel de líder de uma civilização, começando com uma unidade de colonos, e as tentativas de construir um império em concorrência com outras civilizações. Juntamente com as grandes tarefas de exploração, guerra e diplomacia, o jogador tinha de tomar decisões sobre onde construir novas cidades, quais as melhorias ou unidades a serem construídas em cada cidade, avanços no conhecimento que deveriam ser perseguidos, e como transformar a terra em torno das cidades para obter o máximo lucro. Algumas vezes as cidades do jogador eram atacadas por bárbaros que não tinham nacionalidade específica e nenhum líder nomeado. Estas ameaças vinham somente de terrenos não conhecidos (terrestres ou marítimos), e ao longo do tempo haviam cada vez menos lugares desse tipo.
Com o passar do tempo, as novas tecnologias podem ser desenvolvidas e estas tecnologias são a principal maneira em que o jogo muda e evolui. Esses estágios de "avanço científico", assim como na vida real, estão diretamente ligados com a força militar. Em 'Civilization' a guerra começa com uma unidade de infantaria, catapultas e cavaleiros e pode ser terminado com atiradores, canhões e cavalaria. Quem tem mais tecnologias de ponta geralmente ganha a guerra.
Assim como modernas técnicas de prevenção e detecção de fraudes, o sucesso em derrotar os "bárbaros" em Sid Meier Civilization é determinado pela capacidade de reduzir a incerteza sobre ameaças de fraude emergentes. No entanto, "os terrenos não conhecidos"'podem cegá-lo de detectar essas ameaças emergentes, e é por isso que contamos com os avanços tecnológicos para gerenciar essas ameaças.
Assim como no jogo, maioria das operadoras de telecomunicações hoje em dia já têm uma arma, ou neste caso, uma ferramenta de gerenciamento de fraudes, que está sendo utilizada para deter os "bárbaros", ou os fraudadores. À primeira vista, podemos erroneamente acreditar que este é um mercado maduro.
A pergunta agora é: Se você tem uma ferramenta, mas enfrenta desvantagens tecnológicas contra as armas do fraudador, você está realmente equipado para lutar contra a fraude? Certamente que não.
Neste caso, o prestador de serviços tem duas opções:
– As armas evoluem para uma versão mais atualizada. (Ex: A operadora começa com arco e flecha e evolui para uma balestra)
– Uma tecnologia completamente disruptiva é introduzida. (Ex: A operadora utiliza a pólvora ou mesmo armas nucleares para exterminar seus inimigos)
De qualquer forma, até que você tenha a arma certa para derrotar o seu inimigo em potencial, o problema não será resolvido. Uma coisa é certa, a guerra é uma parte inevitável do jogo de cada fraudador, mesmo se você tentar evitá-lo.
As operadoras podem obter uma grande vantagem se os seus departamentos de fraude forem os primeiros a alcançar uma vantagem tecnológica particular (os segredos da inteligência artificial, por exemplo) e colocá-la para usar em um contexto "militar". Todo o sistema de avanços, do começo ao fim, é um caminho cheio de tecnologia e velocidade. Então, assim é o mercado maduro? Não se estiver sempre aberto e rejuvenescendo. Em outras palavras, eu diria que "Smells Like Teen Spirit"!
Carlos Marques, gerente de produto e marketing da WeDo Technologies.