A Comissão Japonesa pela Justa Competição (JFTC, na sigla em inglês) liberou nesta quinta-feira, 2, o Google para fornecer sua ferramenta de buscas para o Yahoo Japão, cuja operação é independente da companhia americana. Segundo informações do The Wall Street Journal, o órgão regulador japonês avalia que a parceria não viola nenhuma lei antitruste do país e que nenhuma das duas companhias mostrou evidências de ter intenções de prejudicar a concorrência.
O órgão japonês vinha sendo pressionado para impedir o acordo, sob a justificativa de que ele impede a atuação de outras empresas de internet no país. A Microsoft, dona do serviço de buscas Bing, foi a primeira a se posicionar, declarando que o acordo pode "acabar com a competição no mercado japonês de buscas", sendo logo seguida pelo site de vendas Rakuten, que alertou para os problemas da criação de um monopólio tão grande no país (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
A Microsoft chegou a entrar com um pedido na Justiça japonesa para impedir que a parceria entre as duas empresas fosse concretizada. No documento, a fabricante do software alega que o acordo abocanharia 90% da publicidade on-line veiculada no Japão e por quase 100% de todas as buscas feitas na web no país.
Em resposta aos protestos, a JFTC declarou total apoio à parceria, alegando que ele fortaleceria uma ferramenta nacional de buscas virtuais e se trata apenas de uma junção tecnológica, não empresarial. Na decisão desta quinta, o órgão declarou que todos os movimentos das duas empresas no país serão acompanhados, mas, "de antemão", não encontrou nenhum indício de práticas anticompetitivas ao longo deste ano.
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