Na manhã desta sexta-feira, 3, o grupo hacker Anonymous realizou um ataque em massa a sites de bancos para marcar o último dia da operação batizada de Op Weeks Payment, deflagrada por integrantes do movimento e que visa alertar a população sobre a injustiça e corrupção que predomina no Brasil. Os sites atingidos foram o do Banco Central, Citibank, Panamericano e Banco BMG. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e as empresas de processamento de transações com cartões de crédito e débito Cielo e Redecard também foram alvo do grupo. Há quatro dias, sites de bancos brasileiros vêm sendo atingidos por um grande volume de acessos simulados que os tornam indisponíveis.
Em nota, o Banco Central afirmou que "no início da manhã houve uma sobrecarga de acesso ao site ocasionando instabilidade e lentidão para abertura de páginas por alguns minutos". A instituição também negou qualquer dano a sistemas ou transações. O Banco BMG, a Cielo e a Febraban adotaram o mesmo discurso. O Panamericano, por sua vez, afirmou que o site ficou indisponível "possivelmente por sobrecarga de acessos".
A justificativa é a mesma adotado pelo Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e HSBC, outros supostamente atingidos pela ação do grupo. Procurados, o Citibank e a Redecard ainda não quiseram comentar sobre o suposto o ciberataque.
O banco Santander e a Caixa Econômica Federal foram as únicas duas grandes instituições bancárias no país que, aparentemente, não foram atingidas. Algumas trocas de mensagens no perfil do Twitter responsável por divulgar cada ataque, o @AnonBRNews, revelou uma ação contra o site da estatal. O fato não chegou a ser divulgado pelos hackers, o que dá a entender que a tentativa foi mal-sucedida. O banco negou qualquer instabilidade em seu site.
Apesar de nenhum banco assumir o ataque, o método utilizado pelos hackers é justamente o relatado no comunicado das instituições – impedir a conexão ou deixá-la intermitente pela técnica DDoS, sigla em inglês para "negação de serviço distribuído". A semana foi escolhida pelo grupo hacker por concentrar grande parte dos pagamentos no país.