O mercado vive hoje um período de transformação digital, no qual o uso intensivo da tecnologia tem revolucionado diversos setores da economia e a forma de atuação das organizações. Um dos muitos exemplos concretos dessa mudança está no surgimento do conceito de MarTech, que prevê o uso combinado de ferramentas de marketing online, inteligência e Big Data para criação de campanhas personalizadas e, o melhor, com resultados mais assertivos e menores investimentos.
O MarTech promete revolucionar a abordagem tradicional de marketing, ao permitir a criação de campanhas segmentadas e adaptadas ao perfil de cada usuário. Na prática, por meio do uso intensivo de tecnologia para análise de grandes volumes de dados, essa abordagem possibilita a criação de ações baseadas em informações confiáveis, micro segmentadas e dirigidas aos diferentes públicos-alvo. Ao mesmo tempo em que permite medir e realizar ajustes constantes nas campanhas em tempo real.
De acordo com uma recente pesquisa sobre o mercado MarTech, realizada pelo DOT digital group, 96% dos profissionais de marketing que atuam no Brasil acreditam – total ou parcialmente – que o uso da tecnologia representa uma estratégia fundamental para criar campanhas voltadas aos consumidores.
O sucesso de ações de marketing está diretamente relacionado à capacidade de compreender os desejos e necessidades reais dos usuários e clientes e entender como atingi-los de forma mais eficiente por meio dos diversos canais, serviços e produtos. Isso gera uma crescente necessidade de que as empresas revejam suas estratégias de marketing e façam uso cada vez mais intensivo de tecnologia.
O que se percebe no Brasil é que ainda estamos vivendo uma fase inicial da adoção de MarTech, com espaço para que a tecnologia assuma, em curto e médio prazos, um papel cada vez mais relevante nas estratégias de marketing. Ainda segundo o estudo do DOT digital group, apenas 25% dos profissionais brasileiros conhecem o conceito de MarTech.
Em países como Estados Unidos alguns da Europa, esse conceito já está bastante difundido e as expectativas são de que, ao longo de 2017, um número crescente de organizações no Brasil deva aderir ao modelo. Por aqui, os conceitos de Big Data e comunicação digital já são amplamente conhecidos, mas ainda temos muito a nos aprofundar com relação ao uso prático de toda a inteligência que os dados nos oferecem para uma comunicação mais assertiva. É preciso que os profissionais, tanto da área de marketing quanto de tecnologia, vejam as oportunidades que o MarTech tem para oferecer e preparem-se para extrair todo o potencial desse novo cenário.
Luiz Alberto Ferla, CEO do DOT digital group.