A empresa portuguesa Critical Software, fabricante de soluções de gestão de RH, infra-estrutura de rede, prevenção e combate a incêndios florestais e um middleware, entre outras, pretende abrir sua quarta subsidiária internacional neste ano e o país onde ficará localizada muito provavelmente será o Brasil, segundo o presidente-executivo da companhia, Gonçalo Quadros.
A abertura da nova filial é mais uma aposta da Critical Software na internacionalização, estratégia que segue desde os primeiros dias com a meta de se tornar "uma marca conhecida globalmente", revelou Quadros à Agência Lusa. "Queremos ser uma marca bem conhecida em escala global, com tecnologia própria. Ainda não nos sentimos particularmente satisfeitos com o que já fizemos", afirmou o executivo. Atualmente, a empresa possui filiais nos Estados Unidos, Reino Unido e Romênia, além de parcerias comerciais na Índia e na África do Sul.
Apesar de ressaltar que a escolha do Brasil ainda não é certa, "porque podem existir algumas condicionantes", o Quadros frisou que a consolidação da presença internacional é o caminho lógico para uma empresa que, em dez anos de atividade, já tem 70% de seu faturamento são provenientes do mercado externo.
Segundo o presidente-executivo da Critical Software, os projetos desenvolvidos no mercado português são "uma vitrine importante" para ultrapassar "a estranheza" provocada no exterior pela existência de uma empresa portuguesa de base tecnológica. "Nós produzimos soluções de tecnologia e de engenharia de altíssima qualidade. Essa é a nossa proposta de valor – e não a do baixo custo, como as empresas quer atuam nos mercados emergentes", disse Quadros.
Com sede em Coimbra e dois centros de engenharia, um em Lisboa e outro na cidade do Porto, a estratégia da Critical Software é se manter "perto das universidades e do know-how português de engenharia". "Até porque nós gostaríamos muito de contribuir e participar de uma mudança do padrão industrial do nosso país", finaliza Quadros.