Aumenta previsão para gastos com TI, mas com alerta para 2011

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Os gastos globais com TI superaram a expectativa do mercado no primeiro semestre deste ano impulsionados pelos investimentos em hardware, como PCs, servidores, storage e equipamentos de rede. Tal resultado fez a IDC rever para cima sua projeção para o mercado mundial de TI e agora a consultoria estima expansão de 6% neste ano, totalizando US$ 1,51 trilhão.
Segundo a consultoria, os gastos com hardware crescerão 11%, para US$ 624 milhões, enquanto os aportes em software e serviços serão 4% e 2% superiores neste ano, respectivamente. Na análise geográfica, a IDC salientou que os países emergentes como Brasil, China, Índia e Rússia liderarão o aumento dos gastos globais de TI.
Para o Brasil a consultoria já tinha elevado sua projeção de expansão para 15% (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). Para a China, Índia e Rússia, a empresa estima aumento de 21%, 13% e 17%, respectivamente. Já em relação aos Estados Unidos, a expectativa é de alta de 5%, e para a Europa Ocidental, de 3%. Por fim, os gastos com TI no Japão tendem a terem leve avanço de 0,5% neste ano, disse a IDC.
Entretanto, a consultoria prega cautela para o cenário de TI para 2011. Stephen Minton, vice-presidente de mercados globais de TI e estratégias da IDC, apontou que as pesquisas indicam que as empresas ainda estão cautelosas em relação a projetos de TI de longo prazo, e ainda estão preocupados com a possibilidade de uma nova recessão econômica.
Este cuidado está enraizado na incerteza econômica, marcada ainda por uma preocupação relacionada à crise na Europa Ocidental, ao declínio dos gastos de estímulo do governo, e aos níveis persistentemente elevados de desemprego nas economias maduras, incluindo os EUA, avaliou a IDC. Esses fatos, segundo a consultoria, podem resultar em uma nova recessão no segundo semestre de 2011. "Existem motivos reais para se preocupar com as perspectivas de curto prazo para a economia global", disse Anna Toncheva, analista econômica da IDC. "A confiança das empresas e dos mercados de ações ainda são frágeis, e outra onda de pânico no setor bancário ainda não pode ser descartada. Muito depende da vontade e da capacidade dos governos para estudar novas medidas de intervenção no caso de cenários desfavoráveis", ressaltou.
Levando em consideração esse possível cenário de recessão, a IDC projeta agora que os gastos com TI podem registrar pequena redução de 1% no ano que vem, contra previsão inicial de crescimento de 6%, que é baseada em pressupostos econômicos mais otimistas.
"Nós estamos no meio de duas forças poderosas e de oposição. Por um lado, a demanda real muito reprimida por novos investimentos em TI, que impulsionou a sólida recuperação no primeiro semestre deste ano e que esperamos que se mantenha em 2011. Por outro lado, a potencial perda de confiança em um economia global que permanece extremamente vulnerável a qualquer nova escalada da crise da dívida Europeia ou a deterioração do mercado de ações dos Estados Unidos. Os próximos três meses serão cruciais para determinar qual desses cenários é mais provável", observou Minton.

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