Reguladores da União Europeia aprovaram nesta sexta-feira, 3, a compra do serviço de mensagens WhatsApp pelo Facebook, realizada em fevereiro, por US$ 19 bilhões, em um acordo que coloca a maior rede social do mundo contra a indústria de telecomunicações da Europa. O negócio havia sido aprovado nos EUA, em abril, pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês).
A compra é a maior da história do Facebook e irá reforçar a posição da rede social a nível internacional dando à empresa uma forte presença em mensagens móveis. A Comissão Europeia, órgão antitruste da UE, concluiu que a aquisição não prejudica a concorrência, e que os consumidores vão continuar a ter "uma ampla escolha" de aplicativos de comunicação, segundo informa o The Wall Street Journal.
Um representante da comissão disse que os consumidores pareciam usar os dois aplicativos de diferentes maneiras, e "muitos os usam simultaneamente no mesmo smartphone."O lançamento de aplicativos é fácil, e não requer tempo e investimento significativos", acrescentou a fonte.
A revisão da UE tinha sido vista como um teste para saber como aplicar o direito europeu da concorrência para o novo mundo da mídia social. Ele veio em meio a preocupações mais amplas na Europa em torno do poder das empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Operadores de telecomunicações da Europa fizeram lobby contra o acordo, advertindo que ele poderia dar a ambas as empresas poder de mercado excessivo e controle sobre os dados dos usuários.
Alguns especialistas viram sinais de alerta quando a comissão tomou a decisão incomum de enviar dois questionários distintos, sendo um deles composto por quase 70 páginas, aos concorrentes do mercado, em um esforço para avaliar o impacto que a compra teria sobre a concorrência.
