Acionistas da GVT derrubam poison pills

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Os acionistas da GVT derrubaram na manhã desta terça-feira, 3, os artigos 43 e 44 do Estatuto Social da Companhia. Esses artigos tratavam da "dispersão da base acionária", ou poison pills (pílulas de veneno), mecanismos que obrigavam quem comprasse 15% das ações da companhia a lançar uma oferta a todos os acionistas com um elevado prêmio. O movimento já era esperado, porque tanto a oferta da francesa Vivendi quanto a da Telefônica (uma vez que ambas desejavam pelo menos 51% da GVT) estava condicionada à derrubada das chamadas poison pills.
A GVT também deu um tiro de misericórdia na oferta de R$ 42 da Vivendi. Na prática, a oferta de R$ 48 da Telefônica já tirou o grupo francês da jogada, mas a GVT agora determina que o preço mínimo de qualquer interessado em lançar uma oferta pelas ações da GVT deverá ser de R$ 48.
A Vivendi tem um acordo com os acionistas controladores da GVT (Grupo Swarth e Global Village Telecom Holland BV) para a aquisição de um mínimo de 20% de participação na tele, de um total de aproximadamente 30% que os controladores atualmente possuem. A Vivendi pode fazer valer esse acordo e dividir o controle da companhia com a Telefônica ou revender essa participação à operadora espanhola, se de fato a oferta de R$ 48 for realmente lançada. Fonte ligada à negociação, em entrevista à Teletime, entretanto, afirmou que a Vivendi não tem interesse em ser sócia da Telefônica e nem de fazer algum dinheiro com a disputa.
Para a Vivendi se manter na briga, conforme norma da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ela deverá fazer uma oferta 5% maior que os R$ 48 propostos pela Telefônica, ou seja, R$ 50,40. A mesma fonte ligada à Vivendi garante que a empresa não entrará em guerra de preço e muito menos colocará em risco a política de dividendos do grupo.
Na assembleia desta terça-feira, 3, os acionistas da GVT decidiram que a liquidação financeira da companhia deve acontecer até o dia 28 de fevereiro de 2010, com pagamento em dinheiro, e a ofertante deve ter capacidade financeira para adquirir 100% do capital da companhia.

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