O Facebook está negociando a compra do Whatsapp, popular serviço multiplataforma de troca de mensagens instantâneas via smartphones. O aplicativo, disponível para sistemas operacionais Android, iOS, Blackberry, Windows Phone e até mesmo o Symbian, em aparelhos mais simples e já descontinuado pela Nokia, tem cerca de 100 milhões de usuários ativos diariamente.
Até outubro do ano passado, a última vez em que o Whatsapp divulgou números sobre suas atividades, eram 1 bilhão de mensagens por dia. Na loja de aplicativos App Store, da Apple, ele é vendido por US$ 0,99, e é o segundo no ranking dos softwares mais baixados pelos usuários. Para o Facebook, o serviço representaria uma grande possibilidade de aumentar sua base de usuários em celulares, com foco em mercados internacionais e países emergentes.
Na medida em que os rumores ganham força, o blog de tecnologia TechCrunch classifica a provável compra como uma “surpresa”. Isso porque o modelo de negócio do Whatsapp, por ser um serviço pago, não exibe anúncios aos usuários. Assim, a estratégia é completamente oposta à do Facebook que, gratuito, visa cada vez mais aumentar a receita com publicidade, sobretudo em dispositivos móveis.
“Anunciar não é apenas estragar a estética, insultar a inteligência e interromper seu fluxo de pensamento”, escreveu o cofundador do Whatsapp, Jan Koum, em seu blog no início do ano. “Quando todas as empresas vendem anúncios, uma porção significativa de suas equipes de engenharia passa um bom tempo investindo em data mining, escrevendo melhores códigos para coletar dados pessoais, melhorando servidores que hospedam essas informações e garantindo o empacotamento de tudo… Ao fim do dia, o resultado disso tudo é um banner no seu navegador ou na tela de seu aparelho. Lembre-se: quando a publicidade está envolvida, você, o usuário, é o produto”, criticou Koum.