Apesar dos esforços da indústria para reverter o mau momento pelo qual passa o mercado de PCs, o ano de 2012 terminou com queda de 3,7% no volume de remessas. Neste ano, dados da IDC mostram que o resultado não será diferente, com recuo estimado de 1,3%. Ao todo, foram entregues no ano passado 296,8 milhões de computadores de mesa, 404 milhões de notebooks e 700,8 milhões de tablets, somando 1,4 bilhão de equipamentos.
Um dos fatores que contribuíram para o baixo desempenho foi a fraca recepção do mercado ao Windows 8 e as incertezas econômicas nos Estados Unidos e na Europa, principalmente no segundo semestre. Assim, o quarto trimestre foi marcado por redução de 8,3% nas remessas em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, a pior performance para o período. A IDC alerta para um enfraquecimento do potencial do consumo nos mercados emergentes, aproximando-se das regiões mais desenvolvidas. Ou seja, neste ano haverá crescimento, mas a níveis inferiores a 1%. Até 2017, será mantido o ritmo em apenas um dígito percentual, projeta a consultoria.
A estimativa para este ano é que as remessas para os mercados emergentes cheguem a 91,6 milhões de computadores de mesa, 115,5 milhões de notebooks e 207,1 milhões de tablets. Daqui a quatro anos, o volume deve se elevar para 92,2 milhões, 148 milhões e 240,2 milhões, respectivamente. “O crescimento em regiões emergentes desacelerou consideravelmente, e continuamos a ver uma demanda contraída, pois os consumidores favorecem dispositivos por sua mobilidade e conveniência”, explica a vice-presidente do programa de monitoramento de PCs da IDC, Loren Loverde. “Ainda não vemos os tablets, com capacidade, sistema e produtividade limitadas, como competidores funcionais dos PCs. Mas eles estão, sim, ganhando os dólares dos consumidores com sua mobilidade”, detalha.