O cibercrime está no ar

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O brasileiro está cada vez mais conectado. Até junho de 2017, de acordo com a Anatel, o país já possuía mais de 240 milhões de linhas móveis em operação, um número surpreendente perto da população de 207 milhões de habitantes. Desses 207 milhões, em 2016, 57% já tinha no bolso um smartphone. Isso significa mais acessibilidade, mais informação e mais riscos.

A praticidade aumentou com os dados cada vez mais disponíveis em todo o lugar. No entanto, junto aos benefícios vieram também os potenciais problemas de segurança, como os ataques cibernéticos. Isso porquê os dados pessoais ainda são o alvo favorito dos cibercriminosos. Com essas informações em mãos, os cibercriminosos podem realizar transações comerciais e bancárias e até fazer crediários em nome da vítima.

Entretanto, não podemos esquecer também dos crimes ligados ao ódio, à discriminação e à calúnia, todos de alguma forma, buscando potencializar o medo, restrição do direito de ir e vir, e o preconceito, que são uma ameaça às liberdades individuais.

O cibercrime afeta diretamente a vida do cidadão quando restringe o desenvolvimento econômico do país, pois inibe a relação de consumo. Tal restrição está baseada na insegurança gerada por fraudes, roubos de informações, falta de privacidade etc. Ao mesmo tempo, afeta também a credibilidade de empresas e instituições, que se tornam vulneráveis aos grandes ataques cibernéticos como os que ocorreram no último ano.

Mas algumas questões ainda fazem com que o aumento do cibercrime continue. Faltam leis que amparem vítimas. Regulamentos e procedimentos legais que servem não apenas coibir, mas também penalizar as ações ilegais dos cibercriminosos. Falta também disseminar o uso consciente dos smartphones e computadores. Obviamente, os riscos aumentam quando a pessoa acessa sites duvidosos, faz download de arquivos suspeitos em seu dispositivo ou computador ou quando cria e/ou compartilha senhas.

Dito isso, podemos abrir uma nova discussão. O fato é que essa insegurança e falta de consciência também vem da falta de iniciativa em discutirmos e conscientizar-nos sobre as nossas responsabilidades e riscos no ambiente online. O baixo esforço em programas de conscientização, seja pelas empresas e provedores de serviços ao cidadão, tem contribuído para que muitas pessoas sejam afetadas pela falta de conhecimento e clareza dos riscos associados ao uso das redes, pessoais ou corporativas.

É fundamental ampliarmos a nossa atuação nesta nova sociedade digital, seja na esfera pública ou privada. Temos, sim, responsabilidade, e precisamos nos orientar, nos educar e nos prevenir para buscarmos um ambiente mais seguro.

Ao se perceber vítima de um cibercrime ou ataque, por exemplo, procure registrar junto às autoridades competentes. Sempre busque coletar e guardar todas as evidências que possam contribuir para esclarecimento dos fatos apresentados e também como futura prova judicial. Este é um passo relevante para um avanço nas investigações e identificação do autor.

Cristiano Pimenta, diretor de Serviços da Arcon. Formado em Tecnologia da Informação pela UNISUL, possui pós-graduação em Gestão de Pessoas, com ênfase em Pessoas, pela FDC e atualmente cursa MBA em Serviços de Telecomunicações pela UFF. Sua trajetória profissional inclui atuações em cargos de liderança na VIVO, Telemig Celular, Amazônia Celular e Módulo Security Solutions.

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