Maior complexo hospitalar da América Latina, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP) é uma verdadeira cidade à parte. Seus 600 mil metros quadrados no bairro Cerqueira César, zona oeste de São Paulo, reúnem oito institutos especializados, além de laboratórios de investigação médica e demais áreas de apoio.
Gigante em quantidade, mas também em qualidade – foi a primeira instituição pública de saúde brasileira citada no ranking The World's Best Hospitals, em 2020 –, o Hospital das Clínicas da USP somava, em 2019, mais de 20 mil colaboradores, 2,5 mil leitos, 7,6 milhões de medicamentos distribuídos e 198 milhões de exames diagnósticos realizados. Números impressionantes, que dão apenas uma ideia do volume de pessoas que frequentam o local diariamente.
Garantir a proteção dessa imensa estrutura de saúde exige um esforço conjunto, semelhante ao empreendido em um pequeno município, com a integração entre os órgãos de segurança e o poder público. Com isso em mente, o Hospital das Clínicas da USP apostou em um novo conceito de segurança urbana de tecnologia brasileira, com a implantação de um totem de monitoramento nas imediações do complexo. Inédita no país, a solução desenvolvida pela Helper Tecnologia, empresa com sede na cidade de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, se propõe a substituir os tradicionais módulos de segurança, otimizando a atuação das forças policiais e garantindo uma presença ostensiva de potencial preventivo.
A demanda por mais segurança no Hospital de Clínicas da USP surgiu após um estudo sobre a região, em que própria população que frequenta o local revelou sentir segurança dentro das instalações do HC e da Faculdade de Medicina da USP, porém manifestou ter medo de circular no entorno do complexo, mesmo durante pequenos trajetos, como até a estação de metrô mais próxima. "Detectamos que o problema maior era da porta para fora", conta Josué Correia Paes, diretor de segurança corporativa do HC-FM-USP e responsável pelo estudo do indicativo de insegurança na região.
Há 23 anos atuando no segmento de segurança, em espaços de perfis diversos, como grandes shoppings, hotéis e joalherias, Paes defende uma combinação entre pessoas e tecnologias personalizadas, com foco em hospitalidade, associando a segurança pública a ferramentas preventivas. "Diante da percepção de local inseguro indicada pela população e da necessidade de se ampliar os sistemas de segurança, houve o entendimento de que fazia sentido inserir uma tecnologia não voltada à diminuição da estatística de crimes, mas eficaz no contexto de prevenção", explica o diretor de segurança corporativa.
Tecnologia aliada à segurança pública
Há um ano, o gigantesco complexo hospitalar, que já era protegido por centenas de câmeras interligadas a um laboratório de segurança, passou também a ter seu entorno monitorado por um totem da Helper Tecnologia, estrategicamente posicionado na Avenida Doutor Arnaldo, próximo à estação de metrô Clínicas. O equipamento conta com um conjunto de câmeras que, a partir de um Centro Integrado de Controle e Comando (CICC), permite monitorar a região em 360 graus de forma simultânea, além de oferecer um canal de comunicação direto com as forças policiais. É possível, ainda, realizar alertas instantâneos com um sistema giroflex e programar os totens para repassar mensagens de áudio à população.
"Nosso projeto é focado na prevenção e traz um ganho neste sentido. Por ser um totem vertical, ele tem visibilidade e traz mais sensação de segurança. As atuais câmeras de segurança, que ficam escondidas, auxiliam na investigação, mas não atuam de forma preventiva. Além disso, o monitoramento contínuo do totem permite que os guardas façam rondas ostensivas e efetivas", explica o diretor comercial da Helper Tecnologia, Edison Endo.