Índia lidera em outsourcing de processos de conhecimento

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O número de provedores de serviços de terceirização baseados em conhecimento (KPO, na sigla em inglês) praticamente duplicou desde o ano 2000, impondo novos desafios para as companhias que necessitam gerenciar um grande número de prestadores de serviços para preencher a lacuna de talentos existentes em seus quadros de funcionários.

De acordo com um estudo, realizado pela consultoria Booz & Company em parceria com a Duke University, a Índia lidera o segmento com 50% dos prestadores de serviços de outsourcing de conhecimento, seguida pela China, com 28%, e, depois, a Rússia, com 15%. A consultoria classifica como KPO os fornecedores de outsurcing de engenharia, projetos e serviços de pesquisa.

Quando perguntados sobre os riscos que enfrentam em seus negócios, 85% dos fornecedores de KPO citam a disponibilidade de mão-de-obra, 81% a compensação financeira e 77% identificam a necessidade de prestar serviços que envolvem muitos desafios.

"A verdade é que as empresas simplesmente não têm onde encontrar profissionais com perfil analítico necessário em seus países de origem", afirmou Matt Mani, analista sênior da Booz & Company. "Isso tem obrigado companhias de todos os tamanhos a olhar para o mercado externo, o que tem gerando uma corrida global para conseguir os melhores cérebros e talentos. E isso exige que elas tenham de gerenciar mais prestadores de serviços, o que não é prático devido à sua estrutura atual, organizacional e às novas abordagens organizacionais, necessárias para reduzir custos e, ao mesmo tempo, oferece valor."

De acordo com a Booz & Company, para gerenciar com êxito múltiplos fornecedores, as empresas precisam vencer uma série de complexas e, muitas vezes, desafiadoras etapas, que incluem:

• Encarar os fornecedores como colaboradores privilegiados, mesmo quando trabalham com empresas concorrentes;

• Distribuir poder de decisão em nível global, deslocando os melhores talentos para o local onde eles são mais necessários, em vez de concentrá-los no país onde fica a sede da empresa;

• Criação de uma cultura e de um modelo de fluxo de trabalho que acomode uma ampla gama de fusos horários;

Segundo a consultoria, para superar a escassez de mão-de-obra os pequenos fornecedores de serviços estão criando "bolsas de especialização". Embora com um tempo médio menor para encontrar um profissional de alto nível na comparação com os grandes fornecedores, os provedores menores levam em média quatro semanas para contratar um profissional com mestrado – os grandes fornecedores de serviços demoram nove semanas. Já para encontrar um profissional com doutorado, os pequenos demoram em média seis semanas e os grandes, 14 semanas.

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