A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) inaugura, nessa quinta-feira, 5, o FindesLab, um espaço de inovação da indústria que vem com a proposta de desenvolver ideias e buscar soluções no estado. A iniciativa é uma parceria conjunta entre a Findes e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
A ideia é facilitar o acesso da indústria capixaba à inovação e fomentá-la de forma aberta e colaborativa, conectando o Espírito Santo a uma rede internacional de iniciativas, pessoas e entidades do setor. Para isso, foram investidos R$ 9,5 milhões em recurso obtido junto à Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Acreditamos que o novo ciclo de desenvolvimento do Espírito Santo será fruto do surgimento de uma indústria mais inovadora e tecnológica. Não há nada mais inclusivo para a sociedade que a inovação", ressalta o presidente da Findes, Léo de Castro.
O Findeslab vai atender pequenas, médias e grandes indústrias, empreendedores, startups, estudantes e sociedade em geral. O espaço estará aberto a todos que tenham ideias, pesquisas e projetos inovadores, além de atender indústrias que estejam à procura de parceria, apoio e soluções. "Nós conectamos as indústrias capixabas a um ecossistema de inovação local e global, por meio de parcerias estratégicas. No Findeslab, aceleramos o desenvolvimento tecnológico de projetos, fornecendo condições para que eles saiam do papel rapidamente e alcancem o mercado de forma eficiente", completa Castro.
Parcerias
O presidente do Findes explica que oito grandes empresas escolheram o FindesLab como um de seus locais para desenvolver soluções tecnológicas. Na lista, estão Shell, Vale, Unimed e Arcelor Mittal, entre outras. "Esse é um movimento que contribui para a escolha que tem sido feita da sociedade do Espírito Santo, a escolha da inovação como sendo o pilar principal de um novo ciclo de desenvolvimento."
Essas empresas apresentarão desafios tecnológicos e aportarão recursos no desenvolvimento de startups que forem selecionadas para acharem soluções para esses desafios. A Vale, por exemplo, desenvolverá o tema "Transformação digital na Vale por meio de tecnologias para melhor gestão, controle, monitoramento e manutenção de equipamentos." Já a Shell entrará com o desafio de encontrar tecnologias para melhoria de processos logísticos e abatimento de CO2 em operações industriais.
Linhas de atuação
O espaço funcionará com quatro linhas principais de atuação. A primeira delas é a linha de Projetos de Inovação, que funcionará com a análise de ideias e projetos industriais. Em seguida, a linha de Projetos de Inovação Coletivos, promovendo projetos setoriais de inovação. A terceira linha é a de Apoio ao Desenvolvimento de Spin-Offs Industriais, com foco em tecnologia e inovação para transformação da indústria. A quarta é o Programa de Empreendedorismo Industrial, com inovação aberta conectando desafios de grandes empresas a startups e spin-offs com método de aceleração.
"É uma ferramenta em prol da competitividade, em prol da inovação. A expectativa é que o FindesLab possa trazer investimentos perto de R$ 100 milhões nos próximos anos para os projetos aqui desenvolvidos", explica Castro. O FindesLab vai apoiar as empresas e empreendedores em todo o processo de inovação, que passa pela análise de ideias, conceito, protótipo e produto.