O Brasil registrará uma grande evolução no quesito competitividade na área de tecnologia da informação e telecomunicações (TIC) nos próximos anos, o que fará com que o país saia da 5ª posição para o 3º lugar em 2022, atrás apenas dos Estados Unidos e China, de acordo com estudo ecomendado pela pela Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), divulgado nesta quinta-feira, 4.
A entidade prevê que o mercado brasileiro de TIC, que hoje representa 55% da receita movimentada por esse setor na América Latina, continuará crescendo na próxima década. Segundo a Brasscom, o Brasil é hoje o 5° maior mercado mundial de TICs e o 7° maior em tecnologia da informação. A projeção é que a indústria do setor movimente R$ 212,5 bilhões neste ano e cresça 8% na comparação com 2011. Nos próximos dez anos, a estimativa é que a cifra dobre e alcance aproximadamente R$ 430 bilhões.
“O mercado brasileiro de TI se destaca atualmente em segmentos como serviços financeiros, e-government, agricultura e petróleo e gás. Queremos estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas também para outras áreas como saúde, educação e segurança, contribuindo com a competitividade e produtividade da economia nacional”, declarou o presidente da Brasscom, Antonio Gil, durante painel apresentado nesta quinta-feira, 4, na 3ª edição do Brasscom Global IT Forum, evento realizado em paralelo ao "Ideas Economy: Brazil the Next Level of Competition", fórum da Economist Intelligence Unit, área de pesquisas da revista britânica The Economist.
A maioria dos painéis tratou da importância dos países criarem estratégias consolidadas e integradas de TIC, para alavancar a competitividade nesse segmento. Nesse sentido, países como a Coreia do Sul e a Malásia têm se destacado — a título de ilustração, a receita da Malásia com TIC no ano passado foi de US$ 10 bilhões.
Dentre os fatores fundamentais para o sucesso de programas de TIC, um dos mais importantes, segundo o relatório, é o investimento no desenvolvimento de novos talentos. A carência de mão de obra qualificada para atender a demanda do setor é um dos problemas do Brasil citados pelo presidente da Brasscom. “O país emprega hoje 2,5 milhões de pessoas em TIC. Nos próximos dez anos, vamos precisar de mais de 1 milhão de profissionais”, alertou Gil.