A partir deste mês, o mercado brasileiro de PCs passa a contar com um novo concorrente. Trata-se da Samsung, fabricante sul-coreana de eletrônicos, que anunciou nesta quarta-feira, 4, o início das vendas de notebooks e netbooks no Brasil. Os computadores portáteis da empresa serão revendidos por grandes redes de varejo como Wal-Mart, Extra, Ponto Frio, Fast Shop e Fnac. No total, serão comercializados cinco modelos, sendo dois netbooks.
Inicialmente, a Samsung importará os equipamentos, mas adiantou que passará a produzi-los localmente já no primeiro trimestre de 2010. Segundo o diretor da divisão de TI da Samsung, Ronaldo Miranda, as importações dos componentes e a adaptação da linha de montagem serão finalizadas em janeiro. Posteriormente, em fevereiro, serão feitos os testes e a empresa já começará a produzir os equipamentos localmente. "Em março iniciaremos a produção em massa", garantiu o executivo.
Apesar de a produção local ser feita com incentivos do Processo Produtivo Básico (PPB), Miranda informa que os preços dos equipamentos não serão reduzidos. Os portáteis serão produzidos na fábrica de Campinas, no interior de São Paulo, onde atualmente são fabricadas as impressoras da marca. O executivo, contudo, não revela quanto será investido para a produção local dos equipamentos.
Neste início, o foco da companhia será apenas no mercado de consumo. A entrada no segmento corporativo só ocorrerá a partir de maio de 2010, quando a empresa aumentará o portfólio de produtos, com modelos voltados para esse setor, quando elevará para nove o número de modelos vendidos no país.
A meta da Samsung para o mercado de PCs é ambiciosa: ela quer estar entre os cinco principais fabricantes de notebooks e netbooks do Brasil dentro de cinco anos. "Preferencialmente, no terceiro posto", diz Miranda. O executivo avalia que os PCs portáteis devem responder por, pelo menos, 50% do faturamento da companhia no país no período de três a quatro anos.
Dos dois modelos de netbooks nenhum vem com modem 3G embarcado. Porém, a partir de maio de 2010, a companhia já terá um modelo com chip 3G embutido. "Nossa negociação com as operadoras é um caminho natural, pois já temos essa relação por causa dos celulares. Temos interesse e já estamos negociando alguns acordos", afirmou.
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