Empresas que investem em tecnologias digitais e no aprimoramento da experiência do cliente são capazes de identificar novas oportunidades de crescimento e melhorar o desempenho. É o que conclui pesquisa realizada pela Accenture com executivos de TI de 202 das maiores organizações públicas e privadas na América do Norte (19%), América Latina (15%), Europa (45%), e Ásia-Pacífico (20%).
O relatório mostra que as empresas com melhor desempenho dedicam 55% do orçamento de TI para oferecer capacidades estratégicas que apoiam o crescimento e a performance empresarial, enquanto as demais investem apenas 37%.
A pesquisa da Accenture verificou ainda que a taxa de adoção de tecnologias-chave, incluindo computação em nuvem, analytics, social, mobilidade e segurança, foi maior entre as empresas que aprimoram o uso de TI do que em relação às demais empresas.
Migração para nuvem
De acordo com o relatório, os diretores de TI também estão migrando para a nuvem de forma mais rápida e colhendo mais benefícios antes de outras organizações. O estudo revela que 33% dos executivos estão efetivamente substituindo legados de componentes por alternativas de nuvens privadas e públicas, enquanto 15% já gerenciam centralmente uma base totalmente virtualizada, com infraestrutura híbrida dinamicamente provisionada.
Ficou claro ainda que as empresas com os melhores desempenhos são também as mais eficazes em tirar proveito da tecnologia de nuvem, considerando que 40% delas observaram melhorias mensuráveis em agilidade de TI, contra apenas 9% das demais organizações.
Já 43% dos executivos de TI declararam ter obtido bons resultados no que se refere ao alinhamento entre portfólios de projetos e metas de negócios de TI, vantagem de 23% em relação às demais organizações. Segundo os CIOs, 33% de seus investimentos em nuvem resultaram em reduções de custos diretos, enquanto apenas 14% das demais organizações notaram resultados semelhantes.
A pesquisa também revelou que as empresas esperam operar em um ambiente de TI híbrido, num futuro próximo. Os entrevistados acreditam que seis em cada dez aplicativos (59%) ainda serão mantidos no modelo tradicional de licença (on premises) até 2020.
Gerenciando riscos
Apesar de a maioria dos entrevistados acreditar que atualmente têm o nível adequado de investimento em conformidade com as normas de segurança global, 44% admitem não estar investindo o suficiente em cibersegurança. Existe um consenso de que segurança de terminais não é suficiente. Mas a mudança para as estratégias de defesa ativa — um passo à frente dos atacantes — ainda não aconteceu. Ainda assim, 75% das organizações com elevado desempenho fizeram deste ponto uma prioridade para reduzir ainda mais o risco e, de forma mais dinâmica, melhorar as suas práticas de segurança até o próximo ano.