Os investimentos totais das operadoras de telefonia fixa e móvel em 2007 devem ficar entre R$ 11 bilhões e R$ 11,5 bilhões, o que, se confirmado, poderá representar uma queda de até 8,3% em relação aos R$ 12 bilhões previstos para 2006. Isso é que o aponta a pesquisa denominada "Banco de Dados de Mercado – 5ª Fase" realizada pela Abeprest (Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática).
De acordo com o levantamento, de todo o investimento estimado para o ano de 2007, 34% do volume total, ou seja, R$ 3,879 bilhões, serão dedicados ao segmento de prestação de serviços, o que compreende a instalação, expansão, construção, operação e manutenção de rede, valor 3% superior ao estimado para 2006 (R$ 3,784 bilhões). A pesquisa aponta que os investimentos no segmento de prestação de serviços no próximo ano serão 61% provenientes das operadoras de telefonia fixa e 39% das celulares.
As operadoras fixas devem aumentar em 4% seus investimentos nesse segmento, passando de R$ 2,467 milhões neste ano, para R$ 2,556 milhões em 2007. Elas continuarão investindo em rede, banda larga e IP, para oferecer novos serviços e triple play.
Com relação às operadoras de telefonia móvel, o investimento esperado para 2007 é de R$ 1,323 milhões, no mesmo patamar do esperado para este ano, de R$ 1,318 milhões. A maioria das operadoras GSM mantêm os baixos patamares de aplicação de capital no segmento de prestação de serviços, aguardando a possível entrada da 3G no país, a partir de 2008.
Ainda de acordo com a pesquisa, tanto as operadoras fixas quanto a celulares sinalizam que pretendem partir para a implementação de WiMax assim que questões regulatórias e de mercado sejam resolvidas. As teles fixas pretendem seguir com a implementação de redes de próxima geração (NGN), IP e vídeo sob demanda, com foco na convergência fixo-móvel .
"A pesquisa tem como principal objetivo coletar informações do mercado que sirvam de ferramenta de planejamento para as empresas que prestam serviços para as operadoras de telecomunicações. O grande desafio de nossas empresas será capacitar mão-de-obra nas diversas tecnologias que estão sendo implementadas no mercado, bem como definir áreas de atuação em que sejam capazes de demonstrar claramente um diferencial de competência", afirma Silvio de Carvalho Vince, presidente da Abeprest.
Segundo a associação, para garantir a consistência dos dados levantados, foram realizadas 106 entrevistas em profundidade, das quais 83% foram com pessoas de níveis estratégicos de empresas e executivos e 8% com experts do setor. Todos pertencentes a operadoras de telefonia fixa e móvel, empresas fornecedoras e integradoras ou prestadoras de serviços.