O aplicativo de caronas Uber, que viabiliza corridas particulares unindo motoristas autônomos e passageiros, recebeu uma nova rodada de investimentos em que teria arrecadado US$ 2,1 bilhões, Série D, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto disse ao site TechCrunch. Segundo as mesmas fontes, participaram da rodada os fundos Tiger Global Capital Management e T. Rowe Price.
Com esse aporte, o aplicativo, que é uma empresa de capital fechado, deve elevar seu valor de mercado para algo entre US$ 62,5 bilhões e US$ 64,6 bilhões, quantia que supera o valor de mercado de 80% das companhias de capital aberto que compõem o índice S&P 500, de acordo com a Bloomberg. Ou seja, mais que a GM, avaliada em US$ 55,7 bilhões, e a Ford, que vale US$ 55,4 bilhões.
Já bastante valorizada e capitalizada, a empresa de tecnologia tem a intenção de levantar um total de mais de US$ 12 bilhões com emissão títulos de dívida e aportes de capital para expandir o seu serviço de transporte para mais de 350 cidades ao redor do mundo. Antes desta última rodada de investimentos, o Uber tinha levantado mais de US$ 10 bilhões em aporte de capital e emissão de títulos de dívida.
Em agosto, o Uber teria conseguido um outro aporte de US$ 1 bilhão de investidores da China, onde a empresa tem um plano de expansão agressivo.
A empresa tem usado seu caixa para oferecer incentivos aos novos motoristas e descontos para novos passageiros, e tem atraído um número crescente de fundos de capital de risco ao redor do mundo, inclusive de alguns fundos que injetaram recursos em rivais do Uber. O exemplo disso é o Tiger Global, que investiu na chinesa Didi Kuaidi, GrabTaxi, maior concorrente do Uber no sudeste asiático, e no Ola. A empresa agora está em 80 mercados ao redor do mundo, onde construiu demanda suficiente para compensar os subsídios que oferece a motoristas e passageiros.
