De olho em um mercado que deve chegar a US$ 105 bilhões até 2026, de acordo com estudo de 2021 da Prohibition Partners, os sócios Luis Quintanilha, ex-CMO da Gama Academy, e Mario Lenhart, ex-executivo financeiro de grandes empresas como PWC, Fiat e grupo Votorantim, criaram a Kanna, empresa pioneira em unir o mercado promissor do cânhamo com a tecnologia blockchain (banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede de uma empresa).
Por meio do cripto ativo KNN, que tem pré-venda estimada para 25 de janeiro de 2023, a Kanna quer promover impacto ambiental e conscientização sobre a planta, que é a mais eficaz do planeta na retirada de CO2 da atmosfera e ajuda a revitalizar solos degradados. Com a característica de DAO (organização autônoma descentralizada), a Kanna permite que todos que comprarem o token, além de serem detentores de uma fração do solo, tenham o poder de votar em decisões de governança referentes à Kanna, como a escolha da região de atuação, por exemplo. A empresa ainda quer reinvestir 15% do lucro em benfeitorias para a comunidade onde será feito o plantio.
"Nosso objetivo enquanto a primeira DAO com o ESG no centro operação, aliando o impacto ambiental (E) e socioeconômico (S) do cânhamo, com a transparência e Governança da Blockchain (G), é ser também uma alternativa para pessoas que querem atuar para a mudança climática", explica Quintanilha. O Cânhamo, planta da família da Cannabis que contém no máximo 0,3% de tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo que causa efeitos psicoativos, comparado aos até 30% de THC encontrados na Maconha, é considerada por especialistas como a planta do futuro.
Uma pesquisa encomendada pelo Observatório do Clima e Greenpeace Brasil apontou que 95% dos brasileiros se preocupam com as mudanças do clima e estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis. Além da exploração do potencial comercial da cannabis, a Kanna une o mercado de criptomoedas, atualmente estimado em US? 1 trilhão, de acordo com dados do CoinMarketCap, e o de ESG, que movimenta cerca de US? 30 trilhões atualmente, segundo levantamento da Bloomberg Professional Services.
Luis e Mario não estão sozinhos, para alcançar os objetivos, a DAO atraiu outros importantes nomes do mercado, como a Sócia & COO Natália Garcia, ex-diretora de riscos da FoxBit, Gastón Lepera, consultor internacional em assuntos regulatórios, produção e industrialização do Cannabis/hemp na América Latina e pioneiro na regulamentação da Cannabis no Uruguai, Roberto Cury e Guilherme Junqueira, CMO e CEO da Gama Academy, respectivamente; Jean Marc ESG & Legal Advisor da Kanna e Head de Regulação e Novas Tecnologias do Lima, Feigelson Advogados; o Sócio & Web3 Advisor da Kanna Robson Harada, CMO do Mercado Bitcoin, e ex-CRO da Gama Academy; e Maria Cecília Bere, fundadora e CEO de um dos principais hubs de comunicação para startups, a Fala HUB.
O Cânhamo é protagonista no processo de fitorremediação, por ser capaz de remover metais pesados do solo, com uso testado e bem-sucedido em regiões afetadas pela explosão de Chernobyl, local do maior desastre nuclear da história; e em remover CO2 da atmosfera, por absorver mais CO2 por hectare do que qualquer outra cultura conhecida, com suas fibras podendo ser usadas na produção de papel, descartando a necessidade de corte de árvores.
"Nossa expectativa é que até o fim de 2026 a Kanna tenha regenerado cerca de 150 Hectares de solo e removido milhares de toneladas de CO2 da atmosfera, atuando em regiões vulneráveis com solo degradado e baixo idh, além de ter gerado centenas de emprego e investimentos para essa região", completa Quintanilha.