Produtos eletrônicos também puxam queda da produção industrial em SP

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Assim como aconteceu com o índice da produção industrial brasileira em dezembro, o segmento de material eletrônico e equipamentos de comunicações foi novamente o principal responsável pela queda de 14,9% na produção industrial de São Paulo, maior parque industrial do país, na comparação com novembro. Com isso, a perda acumulada atinge 18,5%. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi pior do que a média nacional, cujo recuo atingiu 12,4%, o maior desde 1991.
Dezesseis das 20 atividades pesquisadas tiveram resultados negativos em dezembro, principalmente as de veículos automotores (-44,2%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-60,5%) e máquinas e equipamentos (-27,7%).
Segundo o coordenador da pesquisa, André Luiz Macedo, o baixo desempenho da indústria paulista seguiu o mesmo quadro observado pelo indicador nacional, no qual a pressão negativa vinda da indústria automobilística atinge outros segmentos importantes dentro da indústria.
"São Paulo, para esse mês de dezembro, mostra taxas negativas na casa de dois dígitos, principalmente devido ao menor dinamismo da cadeia automotiva, que atinge não só a produção de automóveis, mas também a de autopeças e até mesmo de outros setores como os de borracha e plástico, metalurgia básica e de outros produtos químicos", explicou Macedo. Ele também salientou que a concessão de férias coletivas em várias empresas contribuiu para a queda na fabricação de automóveis.
Nos setores que mais apresentaram aumento na produção, o principal impacto veio de outros equipamentos de transporte (135,1%), sobretudo em função da fabricação de aviões, seguido por farmacêutica (12,1%) e alimentos (3,7%), com destaque para a produção de medicamentos e açúcar cristal.
Na comparação com iguais períodos de 2007, os resultados foram: -14,5% ante a dezembro de 2007, menor taxa desde março de 1996 (-16,6%), e 5,3% no acumulado no ano, acima da média nacional (3,1%), mas abaixo do fechamento de 2007 (6,2%). Com informações da Agência Brasil.

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