Em franca expansão nas empresas em todo o mundo, o conceito de computação em nuvem também evolui rapidamente no Brasil. Estudo da Frost & Sullivan realizado com 313 empresas do Brasil de diversos setores revela que, até o fim deste ano, 66% das corporações brasileiras devem usar pelo menos uma oferta de nuvem, enquanto 42% planejam investir na tecnologia, sendo que 25% delas investirão pela primeira vez. O relatório aponta que 41% das empresas no Brasil já utilizam a computação em nuvem.
A pesquisa indica ainda que, enquanto a maioria das empresas no país opta pelo modelo de nuvem privada, prevê-se que o modelo híbrido vai comandar a atenção significativa nos próximos anos. Esta tendência está em linha com a percepção crescente de que a melhor opção de implantação – on-premise, privado ou público – depende da solução em consideração.
Embora as empresas brasileiras tenham uma melhor compreensão do conceito de computação em nuvem, ainda se preocupam com a falta de confidencialidade dos dados. Sendo a segurança um fator importante para investir em computação em nuvem, infraestrutura, conectividade e acordo de nível de serviço foram citados pelos respondentes como os critérios mais importantes para a seleção de provedores de computação em nuvem.
Como tal, o maior desafio para os provedores é construir a confiança do usuário no aspecto seguro do uso da nuvem. Muitas empresas hesitantes acreditam que o envio de informações para a nuvem a torna mais vulnerável. Culturalmente, as empresas brasileiras preferem o controle centralizado. Como resultado, muitos executivos de TI equiparam o uso da computação em nuvem, com uma perda de controle.
"Prestadores de serviços de computação em nuvem devem conscientizar os clientes dos esforços que fazem para aumentar a segurança dos dados, por exemplo, obtendo certificação", salienta o analista de mercado da Frost & Sullivan, Guilherme Campos. "Eles também devem assegurar que os clientes entendam que seus dados estarão seguros e inacessíveis a outras empresas", completa.