A Foxconn elevará os salários dos operários que trabalham em suas fábricas para, segundo a própria empresa, “melhor atrair e reter talentos”. Simon Hsing, porta-voz da principal fabricante de produtos da Apple, não citou valores, mas garantiu que serão aumentos “significativos”, segundo o The Wall Street Journal.
A fabricante chinesa enfrenta forte pressão internacional após diversas denúncias de jornadas abusivas e condições de trabalho inadequadas. Na semana passada, uma auditoria feita pela Fair Labor Association (FLA) detectou que a empresa impõe longas jornadas de trabalho abusivas aos operários, sem o pagamento de horas extras. Segundo a ONG internacional de proteção ao trabalhador, os empregados cumpriram expediente por mais de uma semana, sem as 24 horas obrigatórias de descanso entre os picos de produção.
A Foxconn emprega mais de 1 milhão de pessoas na China. A fábrica instalada na cidade de Shenzhen é responsável, sozinha, por 400 mil empregos, sendo que muitos operários tem suas residências dentro do complexo industrial. Todos eles terão aumento retroativo ao dia 1º de fevereiro, segundo um porta-voz. Mas ele ressaltou que a companhia ainda não decidiu o valor do benefício que será dado aos cerca de 10 mil funcionários em Taiwan, onde se localizam os departamentos de pesquisa e desenvolvimento, marketing e planejamento de negócio.