Finep aprova documento que prevê alterações em marco legal

0

A diretoria da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), dos Ministério da Ciência e Tecnologia, aprovou documento que sugere mudanças na estrutura do Marco Legal Regulatório do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O texto de 14 páginas apresenta mais de dez propostas de alterações legislativas, de forma a garantir maior integração e eficácia dos instrumentos de apoio financeiro a projetos inovadores.
A proposta está fundamentada em três pilares: revisão dos instrumentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Ciêntífico e Tecnológico (FNDCT) voltados a empresas, definição mais clara e ampla para mecanismos de financiamento que ainda possuem insegurança jurídica (como o de subvenção econômica) e uma orientação definitiva sobre a divisão orçamentária e a cooperação entre os institutos de ciência e tecnologia (ICTs) e empresas.
Agora, o documento receberá sugestões de representantes da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Empresas Inovadoras (Anpei). Recentemente, a Finep e a associação criaram um grupo de trabalho que vai estruturar um pacote de planos para facilitar os mecanismos de apoio à inovação.
A primeira reunião entre representantes das duas instituições ocorreu no dia 29 de abril. A próxima ocorrerá no dia 20 de maio, em São Paulo. A pauta principal será a discussão dos pontos abordados pelo documento da Finep e as propostas de emenda sugeridas pela associação. A ideia, em última instância, é estabelecer uma Frente Parlamentar no Poder Legislativo, liderada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela agência de fomento, para propor essas alterações.
Com a parceria, a Finep busca maior autonomia na promoção da inovação no Brasil.
O documento aprovado pela direção sugere, por exemplo, que toda empresa inovadora possa buscar aporte de capital (investimento) – o que ainda não é expresso em lei – e que a devolução dos recursos de operações de investimento da Financiadora se torne uma das fontes de receita do FNDCT.
Já com relação à subvenção econômica, a prioridade da financiadora é acabar com necessidade de chamadas públicas, podendo este instrumento ter a concessão de recursos também condicionada à integração com outras vias de incentivo à inovação. "A subvenção pode atuar de forma contínua, o que permitirá às empresas uma melhor adequação ao uso dessa ferramenta", explica João De Negri, diretor de inovação da Finep.
Outro ponto trata da relação entre capital empresarial e a academia. A Finep quer ter poder de decisão para encomendas ligadas a projetos cooperativos entre as empresas e universidades, o que a legislação ainda não contempla.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.