Gigantes de TI são alvo de processo trabalhista nos EUA

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Mesmo depois de já terem chegado a um acordo com a Justiça americana, por conta de práticas anticompetitivas no mercado de trabalho, algumas das maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos agora são alvo de ação trabalhista no país. De acordo com um processo movido por ex-funcionários, Apple, Google, Adobe, Intuit, Intel, Lucasfilms e Pixar Animation, divisão de tecnologias gráficas da Walt Disney, criaram um esquema para fixar salários e não contratar empregados umas das outras, prejudicando as condições de trabalho no setor.
O documento, enviado à Corte Distrital da Califórnia, na quarta-feira, 4, alega que as empresas "criaram uma rede interconectada de acordos explícitos para eliminar a competição entre elas por profissionais talentosos". O processo, inicialmente, dizia respeito apenas a dois ex-funcionários da Lucasfilms, que lá trabalharam entre 2005 e 2010, mas depois recebeu adesão de ex-empregados das outras empresas arroladas na ação.
As companhias, com exceção da Lucasfilms, já haviam chegado a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, o DOJ, para acabar com as investigações relacionadas ao esquema. As empresas não negaram ter participado de combinações envolvendo os funcionários das rivais, ou seus salários, apenas disseram não entender em que instâncias violaram as leis antitruste americanas (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
No entanto, segundo comunicado no site do escritório de advocacia que representa os acusadores, o LCHB, a prática restringiu o campo de atuação dos profissionais de tecnologia do Vale do Silício (região da Califórnia onde está sediada grande parte das empresas de TI dos EUA) e acabou por também reduzir seu potencial salarial. O processo afirma que o esquema teve início em 2005, entre a Pixar, quando Steve Jobs ainda era o executivo-chefe (CEO), e a Lucasfilm. "Antes do fim de 2006, Apple e Google haviam fechado acordo semelhante", e mais tarde procuraram as empresas do ramo cinematográfico, relata o documento do processo.
Um ano depois das quatro empresas terem firmado um acordo, o Google procurou a Intel e a Intuit para propor o mesmo acerto, colocando as duas companhias dentro do time dos "funcionários não contratáveis". Para ter acesso à íntegra do documento do processo, em .pdf, acesse www.lieffcabraser.com/media/pnc/7/media.797.pdf

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