A medida certa da cobrança de fretes

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Você sabe, com precisão, o quanto o custo de frete afeta sua margem de lucro? E qual o impacto desse custo na decisão de compra de seu cliente? Oferecer frete grátis é uma estratégia fácil para o varejista a qual consumidor prontamente responde, mas qual é a implicação financeira deste 'liberou geral'?

Segundo pesquisa recente feita pela ABComm, com apoio da Brazil Panels e da Ecommerce School, o frete é o principal custo logístico na operação do comércio eletrônico brasileiro e representa 58% do total dessa despesa. E essa é uma conta que ninguém quer pagar. Como a margem de lucro das lojas virtuais é esmagada pelos custos elevados de mídia online e de frete, 55% do e-commerce repassam o valor de entrega para os consumidores e somente 30% o subsidiam. Em contrapartida, 55% dos consumidores desistem da compra por considerar o frete caro demais.

O desafio é, cada vez mais, conhecer o seu negócio e seus consumidores, de forma a buscar ferramentas que permitam criar campanhas "conscientes" de frete grátis por região (estados, cidades e bairros), de acordo com a estratégia comercial e com as condições das transportadoras. É o que chamamos de "medida certa" para a cobrança de fretes e que pode ser feito por meio de um gateway de fretes.

As possibilidades são infinitas. É possível estabelecer que o consumidor não pagará pelo frete se o total representar x% do valor da compra, ou então monitorar em que regiões há potenciais consumidores. Por exemplo: você observa que 30% das consultas à sua loja virtual vêm de Araraquara, mas somente 20% delas concretizam a compra. Com esses dados, você pode checar se o custo do frete não está muito alto e se não é essa a causa da fuga de clientes. Além disso, você pode definir uma política de frete grátis também por produto ou categoria.

A decisão, como pode perceber, passa a ser tomada de forma consciente, baseada em dados concretos e organizados, sem depender da intuição do varejista. O frete é uma variável importante demais no comércio eletrônico para ser relegada ao amadorismo e à inércia. E de nada adianta participar de uma mega campanha de gratuidade na entrega se, a cada mercadoria enviada, essa 'cortesia' leva uma boa fatia do seu lucro ou, pior, aumenta o seu prejuízo.

Guilherme Reitz, CEO do Axado

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