O Ministério do Comércio da China abriu uma investigação antitruste sobre a aquisição do Uber China pela Didi Chuxing Tecnology. Conforme os termos do acordo, a companhia norte-americana terá uma participação de 17,7% na nova empresa e se tornará o maior acionista da companhia chinesa. O acordo estabelece ainda que a Didi invista cerca de US$ 1 bilhão no Uber China.
No dia do anúncio da criação da nova empresa, que está avaliada em cerca de US$ 36 bilhões, a Didi declarou que não precisa submeter a transação aos órgãos reguladores, já que a receita do Uber China ficou aquém do limiar normalmente sujeito a análise antitruste.
O anúncio do Ministério do Comércio, feito na sexta-feira, 2, reflete a determinação de Pequim de manter o controle sobre um setor que cresce rapidamente e que, segundo o governo, tem operado em uma zona cinzenta regulamentar. Em julho, a China se tornou o maior mercado mundial a regulamentar as redes de transporte partilhado em âmbito nacional.
Na investigação antitruste, as autoridades chinesas devem se defrontar com uma peculiaridade: a contabilização do Uber e de outras empresas de transporte partilhado costuma reduzir o tamanho do negócio. A receita líquida pode ser negativa, mesmo em tempos de comércio vigoroso, já que as empresas deduzir da receita os pagamentos feitos aos motoristas e alguns custos com marketing.
O UberChina não divulga a sua receita líquida, mas a Didi alega que a receita da empresa não chega aos 400 milhões de yuans (o equivalente a US$ 60 milhões) em "volume de negócios" para uma revisão antitruste. Didi também disse que a empresa também não dá lucro. Com agências de notícias internacionais.