A Microsoft respondeu fortemente à decisão da administração do Trump de avançar na tentativa de rescindir ou substituir o DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals) no prazo de seis meses. O Daca concede vistos de estada e de trabalho por dois anos, renováveis, aos que chegaram aos Estados Unidos de forma ilegal quando eram crianças. O Daca evita a deportação temporariamente, mas não garante cidadania futura, nem residência permanente.
"Não há dúvidas de que vamos pressionar ativamente o Congresso", afirmou o presidente e diretor jurídico da Microsoft, Brad Smith, em entrevista à NPR. Smith acrescentou que não será fácil para o governo deportar funcionários da Microsoft, nomeando-os como DREAMers: "[O governo] vai ter que passar por nós para conseguir essa pessoa", disse Smith.
A Microsoft é a mais recente empresa de tecnologia a se manifestar contra o projeto de Trump.
Smith e a Microsoft convidam o Congresso a "reformular o calendário legislativo e avançar rapidamente com um legislação proteja os 800,000 DREAMERS (sonhadores)". O Congresso, que acaba de voltar ao trabalho nesta terça-feira, após o feriado do Dia do Trabalho, tem muito a enfrentar, incluindo a reforma tributária.
"Como empregador, agradecemos que os Sonhadores contribuam para a competitividade e sucesso econômico da nossa empresa e da comunidade empresarial", afirmou a Microsoft. "Em suma, a legislação urgente do DACA é um imperativo econômico e uma necessidade humanitária".
A Microsoft disse que tem 39 destinatários do DACA entre seus funcionários e que "exercerá seus direitos legais corretamente para ajudar a proteger os funcionários", mesmo que o Congresso não tome posição sobre a nova legislação para substituir ou cancelar a DACA no prazo de seis meses.
"Em suma, se os Sonhadores que são nossos funcionários forem ao tribunal, estaremos ao lado deles", disse a Microsoft.