Bossanova Investimentos recebe novos sócios

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A Bossanova Investimentos anuncia a entrada de dois novos sócios: Lessandro Herbert, CEO da Hebert Engenharia e da Coppi Empreendimentos, e a CaptAll Ventures, vertical de inovação da Mene & Portella (M&P), um dos maiores grupos de comunicação do Brasil, com 14 empresas e faturamento na ordem de R$ 250 milhões. A movimentação marca mais um passo da gestora na preferência por sócios com nomes que já passaram pelos comitês de investimento da empresa. O contrato foi assinado esta semana e o valor da transação não foi divulgado.

A decisão acontece em meio ao crescimento expressivo da gestora mesmo frente à desaceleração de aportes no setor de tecnologia. De acordo com estudo global da americana PitchBook Data, uma das principais empresas fornecedoras de dados sobre capital privado do mundo, a Bossanova foi a 15ª venture capital mais ativa em early stage no segundo trimestre deste ano — único nome da América Latina no ranking. Também foi apontada como a 8ª venture capital mais ativa em investimentos feitos fora do eixo EUA, Europa e China no mesmo período. "Temos a mentalidade  de valorizar quem agrega ao crescimento da Bossanova. Desde que a Captall Ventures e o Lessandro Herbert começaram a investir conosco, viemos estreitando nossa relação, percebendo que as especialidades e as experiências que eles carregam poderiam se unir com nossos planos futuros e trazer para nós um dinamismo ainda maior no mercado", explica João Kepler, fundador e CEO.

Segundo ele, na hora de formar o portfólio, os sócios também são responsáveis por analisar e atrair as startups nas verticais, momento em que suas atuações em diferentes mercados ganham peso — como Janguiê Diniz na área de educação e Thiago Oliveira, na área de comércio exterior.

Com a participação da CaptAll Ventures, a gestora ganha a expertise em publicidade e comunicação dos sócios e fundadores Túlio Mêne Melo e Nilio Braga Portella, visando também a criação de novos comitês de investimentos focados em suas áreas. O momento faz parte do processo de expansão da M&P, que recentemente também entrou como sócia na Non Stop, empresa especializada em marketing de influência e conteúdo on demand, responsável por nomes como Whindersson Nunes, Gkay e Simone Mendes.

"Estamos em plena expansão para tornar o grupo M&P ainda maior. A entrada na Non Stop e, agora, na Bossanova, abre novas possibilidades de negócios, principalmente com empresas de tecnologia, que é o foco da CaptAll", conta Mêne. "Temos grandes desafios pela frente para impulsionar a Bossa a crescer em um ritmo ainda mais acelerado nos próximos anos", completa Portella.

Com mais de 20 anos de gestão no setor de engenharia e manutenção de obras industriais, a entrada de Lessandro Hebert acontece para fortalecer o conselho em questões de administração. "Há seis anos invisto nos comitês da Bossanova, por isso consegui ver de perto o comprometimento da empresa em fortalecer e democratizar o investimento em startups. Meus objetivos como empresário se alinham com os planos de expansão da companhia, então juntamos forças para crescermos juntos", conta Hebert.

Desde o início da sua operação, em 2015, a Bossanova vem expandindo com a ajuda de novos sócios. Em 2017, anunciou a chegada do Grupo BMG, que entrou para estruturação do backoffice, investindo em compliance e governança. O empresário Thiago Oliveira, fundador da empresa de logística IS Log & Services, e o Grupo Primo, liderado pelo investidor e youtuber Thiago Nigro, entraram no negócio, respectivamente, em 2018 e em 2020 — atuando nas frentes de gestão ágil e divulgação. Em 2021, o empreendedor Janguiê Diniz, fundador da Ser Educação, adquiriu parte do quadro. Hoje, são mais de 1.600 startups e 75 exits no portfólio.

No primeiro semestre de 2022, a Bossanova investiu R$26,8 milhões em startups, mais que o dobro em volume de investimentos em comparação com o mesmo período do ano passado, com R$13 milhões. Em número de startups investidas diretamente, foram 85 startups do Brasil e do exterior. Em 2021, foram sete a menos. A companhia vai na contramão do que foi o volume de investimentos em startups no país, que apresentou queda de 44%, no mesmo período, de acordo com levantamento da Distrito.

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