Déficit comercial do setor eletroeletrônico cai com recuo das importações

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O déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos no acumulado de janeiro a agosto atingiu US$ 21,90 bilhões, o que representa uma ligeira queda de 0,4% em relação ao registrado nos primeiros oito meses do ano passado, quando totalizou US$ 21,99 bilhões. O resultado se deve a queda nas importações no período, que atingiram US$ 27,1 bilhões, 0,6% abaixo em relação a um ano atrás. Esta foi a primeira vez, desde 2009, que o saldo negativo de produtos do setor fica abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgado nesta sexta-feira, 5.

O principal fator responsável pelo recuo nas importações foi a queda de 18% na área de telecomunicações e de 22,6% na de GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica) em função, principalmente, das reduções nas compras externas de telefones celulares (-56%) e de grupo motogeradores (-58%), respectivamente. Por outro lado, as importações de componentes elétricos e eletrônicos registraram a maior taxa de incremento do setor (+4,0%) e somaram US$ 15,1 bilhões, o que representa 56% do total importado de bens elétricos e eletrônicos.

Com relação às exportações, estas somaram US$ 5,16 bilhões e também registraram baixa, de 1,4%, na comparação com igual período do ano passado. Somente em agosto, as exportações totalizaram US$ 768,5 milhões, 7,4% inferiores às registradas no mesmo mês de 2011. Com exceção dos componentes elétricos e eletrônicos (+22,8%), as demais áreas apontaram quedas que atingiram taxas entre -5,7% (GTD) e -42,8% (telecomunicações). Em relação ao mês imediatamente anterior, as exportações aumentaram 17,3%, com acréscimos superiores a 27% nos casos de componentes elétricos e eletrônicos, telecomunicações e utilidades domésticas.

Queda nas importações

No mês de agosto, as importações de produtos da indústria elétrica e eletrônica ficaram 10,4% abaixo das ocorridas em agosto do ano anterior, atingindo US$ 3,70 bilhões. Das oito áreas do setor analisadas, todas recuaram, sendo que as maiores taxas de retração, novamente, foram nas áreas de telecomunicações (-31,2%) e de GTD (-33,8%).

O resultado das importações de bens de telecomunicações sofreu forte influência do recuo de 73% nas compras externas de telefones celulares, cujo montante reduziu de US$ 79 milhões, em agosto de 2011, para US$ 21 milhões, em agosto de 2012. Em GTD, o maior destaque foi a retração de 81% nas importações de grupo motogeradores, que passaram de US$ 162 milhões para US$ 31 milhões, no período citado.

Por outro lado, as importações de componentes elétricos e eletrônicos (-0,2%) e de materiais elétricos de instalação (-0,8%) apontaram taxas de retração mais modestas, abaixo de 1%

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