A Foxconn International Holdings (FIH) , subsidiária responsável pela produção de celulares da fabricanrte chinesa, solicitou a seus fornecedoras de componentes para estender os prazos de pagamento em 120 dias, contados a partir deste mês. A informação é de fontes ligadas à cadeia de suprimentos da fabricante ouvidas pelo site chinês especializado em tecnologia DigiTimes. Procurada pelo site, a FIH não quis comentar o assunto alegando a existência de cláusulas contratuais de confidencialidade.
Segundo as fontes, contudo, o pedido se deve à necessidade da fabricante chinesa de controlar custos depois de um semestre abaixo das expectativas. O prejuízo acumulado da companhia aumentou mais de 1.200% no período. De acorco com as pessoas ouvidas pelo site, a receita da FIH, que produtos smartphones em regime de terceirização para empresas como HTC, Nokia, Huawei, Sony Mobile e Motorola, foi afetada pela redução nos pedidos, especialmente da Motorola e Nokia.
Greve em fábrica
A China Labor Watch, organização não-governamental que atua na área trabalhista, informou em comunicado que os operários da unidade da Foxconn na cidade de Zhengzhou entraram em greve. Essa linha de produção é responsável pela fabricação do iPhone 5. Segundo os trabalhadores ouvidos pela ONG, entre 3 mil e 4 mil funcionários cruzaram os braços, a maior parte da linha de controle de qualidade.
Segundo os relatos, a fábrica e a Apple elevaram as exigências de padrão de qualidade, pressionando os empregados. As ordens incluem tolerância padrão de 0,02 milímetros, inclusive relacionadas a riscos nas carcaças dos aparelhos. Sobrecarregados, os empregados estão sem folgas e períodos de descanso.