A Liga Ventures anuncia o lançamento do estudo que mostra a evolução das edtechs no país. Ao todo foram mapeadas 390 startups de educação que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias para otimizar e potencializar o dia a dia de estudantes, professores, corporações e instituições de ensino.
O levantamento aponta que elas estão divididas em 23 categorias, como educação corporativa (11,79%); capacitação profissional (9,74%); formação tecnológica (7,69%); vestibular e concursos (6,92%); conteúdos educacionais (5,64%); infraestrutura digital (4,87%); novos formatos de ensino (4,87%); educação inclusiva (4,62%); jogos educativos (4,36%); gestão da comunicação (4,10%); idiomas (4,10%); educação infantil (4,10%); finanças e negócios (3,59%); analytics no setor educacional (3,33%); marketplace de serviços educacionais (3,33%); gestão do aprendizado (2,82%); gestão administrativa de instituições de ensino (2,82%); saúde (2,31%); gestão pedagógica (2,31%); realidade virtual (2,31%); financiamento educacional (1,79%); marketing para instituições de ensino (1,28%) e processos avaliativos (1,28%).
Em relação ao ano de fundação das startups, cerca de 25% delas foram criadas entre 2019 e 2022. Já as principais categorias de edtechs ativas fundadas de 2020 a 2023 foram educação corporativa (22%); formação tecnológica (14%); capacitação profissional (12%); novos formatos de ensino (8%) e analytics no setor educacional (6%).
"Ao analisar os dados do estudo, podemos observar que a pandemia influenciou fortemente o setor educacional e o surgimento de startups voltadas principalmente à educação corporativa. Esse cenário impulsionou o crescimento do segmento e fez com que evoluísse de maneira significativa, e as edtechs tiveram um papel fundamental nisso ao oferecer soluções que atendessem às demandas em constante transformação das empresas e da população", analisa Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures.
Sobre os investimentos no setor, foram realizados 29 deals entre janeiro de 2022 e setembro de 2023, que movimentaram cerca de R$ 487 milhões. As startups de saúde (33%) e finanças e negócios (31%) tiveram a maior participação no montante total investido no período.
O estudo traz também as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (47%), seguido por Minas Gerais (9%), Rio de Janeiro (9%), Paraná (7%), Santa Catarina (6%), Espírito Santo (4%), Rio Grande do Sul (4%), Pernambuco (2%), Ceará (2%) e Distrito Federal (2%).
Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das edtechs mapeadas, onde 44% são emergentes, 31% estão estáveis, 12% são nascentes e 13% delas disruptivas. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se gamificação (19%), banco de dados (15%), API (14%), data analytics (12%) e streaming (10%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 46% das startups têm como foco o mercado B2B.
Para realizar o estudo foram utilizados dados da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.