Na era da IA, como serão as Cidades do Futuro?

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Pensar em como será o futuro sempre foi uma preocupação humana. Muito além da mera curiosidade, foram as suposições a respeito do 'amanhã' que possibilitaram a criação do novo. Outro motivo pelo qual matutamos tanto sobre o que está por vir é justamente a necessidade de se adaptar, porque quanto antes soubermos, mais cedo poderemos nos preparar para as mudanças. Normalmente, imaginamos diversos futuros possíveis para nossos 'eus' de 2030, 2040, 2050… Mas e as cidades?

Os espaços urbanos e rurais também estão em constante avanço e, se compararmos nosso dia a dia de 10 anos atrás com o de hoje, ficará claro que muita coisa já mudou. Por exemplo, em 2013, ninguém usava aplicativo de transporte, nem para pegar um carro particular ou usar o metrô. Muitos espaços não eram monitorados, algumas praças ainda não tinham sido revitalizadas e diversas construções agora imponentes estavam apenas sendo arquitetadas. Daqui a 10 anos, acredito que, finalmente, vamos viver nas famosas 'Cidades Inteligentes' (ou Smart Cities) em sua plenitude.

A ideia de ser monitorado por um sistema de Inteligência Artificial integrado em vídeo pode assustar algumas pessoas, mas garanto que quem mais se incomoda com isso são aqueles que pretendem cometer algum tipo de ato ilícito. Afinal, em cidades como Curitiba (PR) – que é a atual cidade mais inteligente do Brasil, apenas um ano e meio depois da instalação de câmeras com IA, as ocorrências de crimes chegaram a diminuir 40% em locais monitorados, segundo informações da Prefeitura.

Também podemos pensar na circulação de pessoas e veículos. Ao programar o sistema de inteligência artificial para monitorar condições das pistas, infrações de trânsito, congestionamentos e acidentes, municípios e rodovias se tornam mais seguras e as autoridades mais eficientes na prestação de socorro, prevenção de ocorrências e gestão de tráfego.

E não pense que os espaços privados vão ficar de fora. Câmeras com monitoramento de IA aumentam a segurança e a produtividade de hospitais, escolas, shoppings centers, aeroportos, fábricas e até condomínios residenciais, que são uma tendência de estilo de moradia no nosso País, onde quase 30% da população vive nesse tipo de habitação, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD Contínua).

Outro setor importante é o da construção civil. Checar se os trabalhadores estão usando os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e se estão ou não em áreas de risco será fácil com as câmeras acopladas em drones, que são capazes de identificar e reportar essas e outras informações aos gestores da obra. O mesmo vale para as indústrias, que precisam garantir a proteção de seus trabalhadores em meio a tonéis gigantescos, circulação de caminhões de carga, máquinas e equipamentos perigosos.

Quanto às compras, os varejistas e atacadistas terão 'lojas inteligentes', que permitirá um amplo controle de dados e comportamento do consumidor, gerando insights sobre melhores escolhas para ponto de venda, posicionamento de itens nas gôndolas, melhores dias e horários para vender etc.

Conclusão

No futuro, sua cidade vai se tornar uma Smart City. Ainda que não totalmente, será impossível circular pelos espaços sem ser impactado – e usufruir, é claro – das vantagens que a inteligência artificial trará para a sua rotina, seja no trabalho, no trânsito, nas lojas ou dentro de casa.

Aprender a extrair o melhor de cada invenção e explorar suas possibilidades facilitadoras com equilíbrio e responsabilidade é o que nos faz avançar constantemente em termos de qualidade de vida e inovação. É neste caminho que devemos seguir!

Eduardo Vargas, Business Development Manager da Graymatics no Brasil.

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