A Cybersitter, fornecedora americana de filtros de conteúdo contra pornografia na internet, entrou com processo na corte federal de Los Angeles (EUA) contra o governo chinês e mais algumas fabricantes de software e hardware do país, no qual alega que violaram direitos autorais e roubaram o código-fonte de seu software.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, a empresa pede uma indenização de US$ 2,2 bilhões, o equivalente a US$ 40 por cópia supostamente roubada.
A Cybersitter diz que seu software foi copiado para a fabricação do software de controle de acesso ao conteúdo virtual na China, o chamado projeto Green Dam. Segundo o documento, o governo do país comprou uma cópia do filtro de conteúdo americano e copiou mais de 3 mil linhas do código-fonte para que as fabricantes de computadores pudessem instalá-lo sem pagar direitos autorais. Também estão sendo processadas a Sony, Lenovo, Toshiba, Asustek e Acer, por terem vendido seus PCs na China com o software instalado.
Para o advogado da Cybersitter, Elliot Gipson, o caso servirá para mostrar que "as instituições internacionais não podem se apoderar da propriedade intelectual alheia achando que sairão impunes". No entanto, Gipson pondera que o processo não deve ir muito longe nas cortes americanas, já que, segundo ele, é quase impossível processar um governo internacional por meio da lei dos Estados Unidos.
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