AT&T compra BellSouth por US$ 67 bilhões

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A AT&T anunciou nesta segunda-feira (6/3), nos Estados Unidos, um acordo de compra da operadora de telecomunicações BellSouth por US$ 67 bilhões. Pelos termos do negócio, a transação será feita por meio da aquisição de ações e os acionistas da BellSouth receberão 1.325 ações da AT&T para cada ação da empresa. Com base na cotação das ações da AT&T na última sexta-feira (03/02), o valor equivale a US$ 37 por ação da BellSouth, um aumento de 17,9% em relação ao fechamento do pregão no dia.

O acordo também estabelece que a AT&T será a única controladora da operadora móvel Cingular Wireless, formada por através de uma aliança entre a empresa e a BellSouth. AT&T não pretende promover nenhuma modificação nas operações da Cingular, mas adiantou que os serviços da operadora serão comercializados sob a marca AT&T.

Segundo comunicado da AT&T, a fusão significará o desenvolvimento mais rápido de serviços de IPTV para os consumidores norte-americanos, já que reunirá todo o trabalho de pesquisa e desenvolvimento da empresa em IPTV as redes de fibra-óptica para DSL e outros serviços de banda larga da BellSouth.

Para analistas de mercado, a fusão deverá gerar maiores volumes de negócios para a empresa combinada, consequentemente acompanhado por maiores descontos junto aos fornecedores e diminuição dos gastos operacionais. Eles acreditam que a padronização de sistemas deve contribuir para a redução de custos junto aos consumidores finais.

Para o mercado brasileiro, no qual a AT&T está presente no Brasil há mais de 15 anos através de sua unidade AT&T Global Network Services
Brasil, que presta serviços de comunicação global, a fusão não deve trazer nenhum impacto impacto imediato. No médio e longo prazo, no etanto, a empresa combinada deve gerar escala para competir com mais forla no mercado local.

Para Jean Claude Ramirez, sócio e consultor de telecom da consultoria Bain & Company, o principal objetivo da AT&T é expandir seu alcance no Sudeste dos Estados Unidos. ?A operadora, além de continuar atuando no mercado corporativo, passará a atender o segmento residencial ao oferecer acesso local?, diz. Os principais objetivos da operação, segundo Ramirez, é a unificação de diversos departamentos, como marketing e produtos, garantindo um maior posicionamento internacional.

Ambos os consultores garantem que a empresa que mais se beneficiará com a aquisição é a AT&T, devido à carência de serviços de acesso local nos Estados Unidos. De fato, a AT&T espera alcançar cortes de custos operacionais de até US$ 2 bilhões depois de dois anos da consolidação física e a integração das operações das duas companhias.

A AT&T espera completar o negócio nos próximos 12 meses, após a análise e aprovação dos órgãos reguladores. Se for aprovado, a empresa volta a ser o maior grupo de telecomunicações dos Estados Unidos e marcará uma expressiva vitória da AT&T sobre o governo americano que determinou, em 1984, a divisão do grupo em sete companhias regionais para promover maior concorrência no setor.

Além do mais, o acordo foi anunciado apenas cinco meses após a SBC Communications completar a aquisição da própria AT&T (cujo nome foi assumido pela nova controladora devido à sua força nos Estados Unidos).

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