Nokia comemora 100 milhões de celulares fabricados em Manaus

0

Com a presença do presidente mundial e CEO da empresa, Olli-Pekka Kallasvuo, a Nokia comemorou, em sua fábrica de Manaus, a produção do centésimo milionésimo aparelho celular no Brasil. A empresa também comemorou os dez anos de implantação da fábrica na Zona Franca de Manaus.

Em 2005, a fábrica teve parte de sua linha de produção transferida para a fábrica do México, o que levou à redução da produção em Manaus. Em 2006, a empresa conseguiu passar para o 1º lugar em vendas no mercado brasileiro como um todo (32%), ante 23% da 2ª colocada.

Maior exportador da ZF

De acordo com Almir Narciso, diretor geral da Nokia no Brasil, em 2006, a empresa foi a maior exportadora da Zona Franca de Manaus (US$ 550 milhões). Mas, Narciso observa que o valor equivale à metade do que foi exportado em 2005, também em função da redução do valor dos aparelhos. De qualquer forma, houve perda em razão da competição com outras fábricas da Nokia em dez outros países.

Na visão de Narciso, o problema é a enorme burocracia para importação de componentes e exportação a partir de Manaus, bem como infra-estrutura. Enquanto no México é possível liberar uma carga em sete horas, a Nokia Manaus demora sete dias para fazer a mesma tarefa. Para exportar para a Venezuela, por exemplo, o que poderia ser feito por rodovia com uma sensível diminuição de custos, a burocracia é ainda maior. O pequeno número de vôos no aeroporto de Manaus é outro problema para exportar com rapidez.

Encontro com Lula

Nesta segunda-feira, 5, a direção da Nokia, acompanhada do governador do Amazonas, Eduardo Braga (PSB), e do ministro Hélio Costa, das Comunicações, esteve com o presidente Lula, para reclamar de todas essas dificuldades. Obteve promessas do presidente em relação às soluções.

?A Nokia não quer privilégios, quer apenas condições de igualdade de competição para vender no maior mercado do País?, afirmou Narciso.

Investimentos

Para aumentar a produção na planta de Manaus (que hoje tem 2,1 mil funcionários) serão necessários novos investimentos, de acordo com Mauro Correia, diretor geral da fábrica. Atualmente, a fábrica tem sete linhas de produção que estão capacitadas para produzir 14 modelos diferentes de aparelhos. Para este ano, por exemplo, está previsto o início da produção de três novos modelos. Até abril, a fábrica deixa de produzir os aparelhos em CDMA que eram destinados à Vivo.

Para Olli-Pekka, os estudos do mercado brasileiro mostram que 30% dos usuários trocam constantemente de telefone, exigindo novos modelos com outras facilidades. Para manter sua fatia de mercado, a empresa tem que ser ágil: ?O portfolio de 2005 é muito diferente do que estamos oferecendo em 2007?, afirmou o executivo. Em relação à necessária adaptação dos aparelhos da empresa para a transmissão de TV digital, Narciso lembrou que durante a discussão sobre a escolha do padrão, a Nokia defendeu o padrão europeu.

Agora que a decisão está tomada, a empresa participará do desenvolvimento dos equipamentos para também receber os sinais da TV digital móvel.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.