A Kodak apelou à Justiça dos Estados Unidos para impedir a reabertura de um processo movido pela Apple, há cerca de um mês. O motivo da companhia de fotografia ter interposto recurso se deve ao fato de a ação interferir na venda de suas patentes, avaliadas em US$ 2,6 bilhões, e na estratégia traçada para tentar levantar a concordata, cujo pedido foi feito em janeiro.
A companhia quer uma resolução rápida sobre a quem pertence a propriedade intelectual de fotografia digital, questionada pela fabricante do iPhone. O problema está na tentativa da Apple de recolocar o processo na Justiça Federal, em vez de deixá-lo correr no tribunal responsável por julgar falências e concordatas.
"O curso da ação preferida pela Apple – pedir a outra corte que decida o problema sobre a posse das patentes e como elas são usadas para maximizar o valor aos credores – deve ser rejeitado", diz o documento da Kodak. A empresa pediu urgência à Corte de Falências de Manhattan no julgamento da ação da Apple, que define como "lágrimas de crocodilo". As consequências do julgamento por outra corte foram qualificadas pela Kodak como graves, pois resultariam em julgamento por uma jurisdição não totalmente familiarizada com a realidade do processo e das empresas.
"Está claro desde o primeiro dia quando pedimos concordata que a Apple tem intenção de interferir ou influenciar na venda das nossas patentes", afirma a Kodak. De acordo com o The Wall Street Journal, que teve acesso aos documentos das empresas, uma audiência deve ser realizada nesta quinta-feira, 8, com representantes das duas companhias.
Além disso, a Kodak quer bloquear uma nova ação da fabricante relativa a "quebra de patentes contínuas". A Apple afirma ser dona de "um número considerável de patentes que a Kodak infringe diariamente". Assim, a Apple pediu à Corte de Falências para reabrir mais este processo depois da resolução sobre o pedido de concordata da Kodak.