A Oi apresentou na consulta pública para a venda das faixas de 2,5 GHz e 450 MHz uma estimativa dos custos para o cumprimento que das metas que a Anatel colocou no edital.
Para atender os compromissos dos dois primeiros anos (2013 e 2014) – atendimento das sedes e subsedes das Copa do Mundo e da Copa das Confedereções, capitais de estado , Distrito Federal e municípios com mais de 500 mil habitantes – seriam necessárias por volta de 6,4 mil torres, sendo 2,4 mil novas torres. O investimento estimado pela Oi para instalar essa infraestrutura de acesso seria da ordem de R$ 2 bilhões.
Para garantir, nos demais municípios, as metas de cobertura totais (80% das áreas urbanas dos distritos sedes dos municípios cobertos) estabelecidas pela Anatel para atendimento com 2,5 GHz, seriam necessárias, segundo a Oi, por volta de 20 mil torres sendo, aproximadamente, 12,5 mil novas, além das já existentes. O investimento estimado pela companhia para instalar esta infraestrutura de acesso seria da ordem de R$ 7,2 bilhões, o que representa em valor presente R$ 5,0 bilhões. Os números foram apresentados para sustentar a alegação das teles de que a Anatel teria errado a mão nas exigências do edital.
A situação seria agravada pela obrigatoriedade dos vencedores da faixa de 2,5 GHz atenderem as necessidades de infraestrutura e capacidade de rede necessárias para o cumprimento dos compromissos pela operadora vencedora do 450 MHz. Seriam necessárias, aproximadamente 5 mil torres, das quais 2.930 novas, para atingir a meta de cobertura para o 450 MHz definida pela Anatel em todo o território nacional. O investimento estimado para instalar essa infraestrutura de acesso seria da ordem de R$ 800 milhões até 2015, valor este para cada uma das possíveis três empresas vencedoras da licitação em 2,5 GHz.
450 MHz
Em relação aos testes que a operadora está realizando na faixa de 450 MHz, a informação disponibilizada na consulta pública é que a propagação verificada se mostrou aquém das expectativas da empresa. E, além disso, a utilização da faixa sofre “impactos relevantes” provocados pela interferência de outros sistemas que ocupam a frequência como os de aeroportos, portos, Polícia Federal e embaixadas. “Vale registrar que estes testes foram realizados em três municípios e esta situação de interferências, que inclusive provocou o mau funcionamento das conexões, quando transposta para todo o território nacional, torna a situação bastante preocupante, tanto no que diz respeito ao custo da limpeza da faixa, como quanto ao prazo necessário para sua realização”, diz a operadora na sua contribuição.
700 MHz
Embora a Oi reconheça que neste momento, dado o prazo exíguo para a realização do edital, seria impossível atribuir a faixa de 700 MHz aos serviços móveis, a empresa acredita que a Anatel possa desde já incluir no edital do 2,5 GHz critérios para a obtenção futura da faixa de 700 MHz associadas às subfaixas de 2,5 GHz e 450 MHz.