A audiência pública agendada para esta terça-feira, 6, com o objetivo de discutir os impactos para os acionistas da Telebrás das oscilações constantes no valor dos papéis da estatal, acabou não ocorrendo por absoluta falta de quórum. Nenhum dos convidados para o debate compareceu à Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados. Eles também não enviaram representantes, o que inviabilizou a audiência.
O quórum de deputados também estava baixo na tarde desta terça-feira e poucos compareceram à sala de reunião. Os parlamentares presentes decidiram adiar a audiência para o dia 28 de abril.
Estavam convidados originalmente para a reunião a ex-ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; o presidente da Telebrás, Jorge da Motta e Silva; o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins; o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna; a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana; e o proprietário da Star Overseas, Nelson dos Santos, empresa esta que poderia se beneficiar da revitalização da estatal, segundo denúncias veiculadas no início do ano.
A proposta do deputado Índio da Costa (DEM/RJ), autor do requerimento, era discutir as denúncias veiculadas pela imprensa e os impactos das oscilações das ações da Telebrás na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sob os acionistas. A proposta causou polêmica desde o dia em que foi apresentada. Muitos deputados protestaram contra o requerimento, alegando que não cabia à CDC discutir questões relacionadas a acionistas de empresas com ações no mercado. O líder do PT na Câmara, José Genoíno (SP), chegou a dizer que a proposta se tratava de uma manobra eleitoreira para tentar prejudicar a candidata petista à sucessão de Lula, Dilma Rousseff.
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