O mercado de sistemas de dados representa cerca de US$ 1,6 trilhão globalmente, mas apenas 80% deles estão sendo usados efetivamente para fazer análises preditivas. Esses números foram apresentados por Marcello Benati, gerente de produtos SQL Server da Microsoft, durante evento promovido pela empresa nesta quarta-feira, 6, que reuniu cerca de 100 CIOs e gestores de TI do país para abordar algumas das tendências sobre dados e novas tecnologias analíticas, como o SQL Server 2016, disponível a partir de junho no mercado brasileiro.
Segundo ele, outra questão relevante é que um cientista de dados custa entre US$ 150 mil e US$ 250 mil ao ano em salários, para criar hipóteses sobre uma modelagem de dados para a tomada de decisões em tempo real. No entanto, gasta cerca de 80% do seu tempo fazendo modelagem de dados, como se fosse apenas um serviço de DBA (administração de base de dados).
O executivo explicou que a Microsoft disponibiliza a Linguagem R, adquirida da empresa Revolution Analytics, para desenvolver estatística e análise de dados, inclusive dentro do conceito de Big Data que dados estruturados e não estruturados, permitindo que o cientistas de dados trabalhe diretamente com base de dados, dispensando ferramentas de outros fornecedores.
"Empresas que transformam dados em ações inteligentes apresentam melhores resultados e estão melhor preparadas para o futuro que seus concorrentes. Mas para isto é fundamental que os gestores de TI priorizem soluções alinhadas a três grandes tendências: explosão massiva de dados (big data), inteligência a partir do aprendizado de máquinas (machine learning) e análise avançada. A Microsoft tem a visão e a plataforma que integram dados, inteligência e nuvem, o que fará com nossos clientes estejam prontos para implementar qualquer tipo de projeto de dados moderno", afirma André Echeverria, diretor da divisão de servidores e plataforma da Microsoft Brasil.
Bancos de dados construídos para a "Era da Inteligência dos Dados" permitem decisões de negócios mais rápidas, expandindo cenários tradicionais de análises de dados históricos para implementações mais avançadas, enriquecendo-as com fluxos de informações em tempo real. Com o uso de algoritmos estatísticos e tecnologias como machine learning, também possibilitam análises preditivas para a implementação de estratégias prescritivas que podem otimizar a performance do negócio.
Nova versão
A Microsoft aproveitou o evento para anunciar o SQL Server 2016, que estará disponível no mercado brasileiro a partir de junho. Segundo a empresa, a nova versão aceita processamento híbrido transacional/analítico, análises avançadas com machine learning, BI móvel, integração de dados, capacidades de processamento de consultas sempre criptografadas e transações em memória com persistência. "É o único banco de dados relacional do mundo a nascer na nuvem, com a maioria dos recursos disponíveis e testados no Azure, em 22 datacenters globais e milhões de requisições diárias", afirma Echeverria.
A tecnologia permite análises até 100x mais rápidas e é o único banco de dados com processamento transacional (como benchmark TPC-E) e data warehousing (como benchmark TPC-H). O SQL Server 2016 permite aos clientes alto desempenho em relação a grandes volumes de dados e a obtenção de insights em tempo real.
Por ser uma plataforma aberta, pode ser usado para construir workloads de negócios, dentro das regras de qualquer arquitetura, inclusive para Linux, que será suportado pela Microsoft, uma vez que no ano passado a empresa fez um acordo para um trabalho conjunto com a Red Hat.
Aplicações IoT
Como Internet das Coisas (IoT) prevê uso massivo de dados para modelagem de negócios das empresas da nova era, a Microsoft apresentou exemplos de aplicações como da Thyssen Krupp, que monitora o funcionamento de milhares de elevadores prediais no mundo todo, avaliando a necessidade de manutenção preditiva, desgastes de cabos para melhorar as especificações do fornecedores, gerenciar energia, etc.
A transportadora Fleet Management utiliza para controlar a frota de caminhões de entregas, monitora o estado e refrigeração de cargas, situação dos motoristas, etc. Ambas as soluções utilizam os recursos de Machine Learnig do SQL para realizar milhões de combinações e tomada dee decisões em tempo real (real time analyticis).
A empresa confirmou que o programa competitivo de migração para clientes que queriam trocar o banco de dados Oracle e de outras marcas, também está disponível no Brasil. Ele foi anunciado nos mês passado, tendo como alvo a base instalada Oracle.
"Com todas as capacidades internas, o SQL Server 2016 entrega não apenas um banco de dados relacional, mas uma plataforma completa de dados para seu negócio com um ótimo custo total de propriedade. Hoje, os clientes podem economizar até U$ 10 milhões em três anos em relação ao da Oracle, utilizando fluxos de dados transacionais, data warehouse, integração de dados, business intelligence e análise avançada", diz o arquiteto-chefe e vice-presidente de plataformas da Microsoft, Eric Fleischman.