Smartphones ditam ritmo de expansão das transações bancárias

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Com o tema "Ser Digital", o CIAB Febraban 2017, principal evento de tecnologia no setor financeiro da América Latina, realizado na cidade de São Paulo, vai discutir entre esta terça-feira, 6, e a próxima quinta-feira,8, a inovação imposta aos bancos no Brasil. As instituições financeira gastaram R$ 18,6 bilhões com TI  no ano passado, segundo dados da Febraban. Um volume que mantém o setor na primeira colocação entre os que mais investem em tecnologia em 2016.

Murilo Portugal – foto: Luiz Michelini

Conforme disse o presidente da Febraban, Murilo Portugal, na abertura do evento, a tecnologia tem tornado o banco invisível na vida de seus clientes, sem a necessidade do mesmo visitar agências para realizar as operações mais simples. Exemplo disso é o volume de transações digitais, que alcançou o índice de 57% no ano passado. Só o mobile banking representa 34% do total.

As transferências via DOC ou TED foram as operações mais realizadas via dispositivos móveis, seguidas por pagamentos e consultas de saldo. Já o internet banking vem perdendo sua relevância em comparação ao mobile, com 23% do resto das operações. "Isso sinaliza uma mudança para os bancos, que devem acompanhar o movimento dos clientes e estar presentes digitalmente em todo lugar", afirmou Portugal.

O executivo ainda comentou sobre a proposta do evento deste ano, que visa trazer um panorama sobre a transformação digital nos bancos. "É preciso que setor financeiro propicie um ambiente seguro e agradável em seus meios digitais focados ", disse, lembrando que mais de 1 milhão de contas foram abertas digitalmente desde o ano passado e a expectativa é de alcancem o número de 3,3 milhões até o fim de 2017.

Cidade digital

Em palestra durante o evento, o prefeito de São Paulo, João Dória, afirmou que pretende transformar a cidade em uma smart city. Para isso, ele comentou sobre as iniciativas que o município vem tomando ao longo de seus primeiros cinco meses de mandato, com destaque para a desburocratização dos serviços públicos. A intenção é que todos sejam realizados digitalmente até dezembro de 2018.

João Dória Foto: Luiz Michelini

Dória lembra que o primeiro passo foi o lançamento do Empreenda Fácil, programa que permite que a maior parte do processo de abertura e fechamento de empresas seja realizado pela Internet, reduzindo o tempo de abertura de uma empresa de meses para sete dias.

"Outro pequeno exemplo foi a eliminação da versão impressa do Diário Oficial do município, que hoje só é publicado digitalmente", comentou.

No âmbito da educação, o prefeito de São Paulo pretende que todas as escolas municipais eliminem o uso da lousa e do giz e passem a usar tablets a partir de março de 2018. Para isso, a prefeitura conta com o apoio da Cisco, que doou R$ 300 milhões para serem utilizados em inciativas de digitalização do ensino público. "Trata-se da maior doação à cidade de São Paulo na história, sem qualquer contrapartida", afirmou Dória.

Em segurança, a prefeitura começa a implantar as câmeras de vigilância do programa City Câmeras, que prevê um total de 30 mil a serem instaladas na cidade. Dessas, 1,5 mil já foram implementadas e Dória agora trabalha para integrá-las a plataforma Detecta do governo estadual, que agrega todas as imagens de câmeras públicas da capital e as de bancos para um centro de comando e vigilância da Polícia Militar. "Junto a isso temos os cinco drones que fazem a vigilância na região central de São Paulo", comenta o prefeito.

Por fim, Dória comentou que a PPP (parceria público-privada) de iluminação pública, anunciada na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad, deve ser liberada pelo Tribunal da União do município no dia 13 deste mês. "Serão R$ 8 bilhões de investimentos em iluminação LED que vai começar, obrigatoriamente, pela periferia".

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