Gestão humanizada e RPA: como unir as duas coisas?

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Nos últimos anos, a busca por mais inovação no ambiente de trabalho tem se mostrado incessante por grande parcela do cenário empresarial. Felizmente, cada vez mais organizações têm despertado suas atenções para o que a tecnologia pode trazer de positivo, em termos produtivos, operacionais e estratégicos. No entanto, tão importante quanto investir em ferramentas tecnológicas, é compreender o impacto de uma gestão respaldada por pilares humanizados, que priorize o bem-estar dos colaboradores. De certo modo, essa condição, se estruturada adequadamente, facilita a recepção à implementação de soluções inovadoras.

Com a transformação digital e a automatização de procedimentos que antes eram conduzidos exclusivamente por pessoas, deixando-as exaustas e saturadas, além da morosidade que apenas comprometia a eficiência das operações, novos desafios têm surgido para companhias que agora contam com o auxílio do robô na rotina corporativa. Por isso, destaca-se a relevância de se pensar em práticas que favoreçam à participação de todos, criando uma cultura organizacional de valorização do fator humano.

Entenda a tecnologia como aliada estratégica

A adoção de sistemas de Automação Robótica de Processos (RPA) é uma tendência justificável pela quantidade de ganhos obtidos internamente. Dito isso, como uma novidade que modifica a realidade operacional das empresas, assumindo a digitalização de atividades repetitivas e padronizadas, não se pode esperar que os resultados sejam transformados da noite para o dia, sem um trabalho complexo de adaptação das equipes.

Nesse sentido, é preciso enxergar a tecnologia como uma aliada estratégica para melhores decisões, destacando um impacto bem-vindo da inovação sobre as pessoas. Afinal, qualquer medida que caminhe rumo à RPA, tem como pauta maior simplificar a vida dos principais responsáveis por conduzir as respectivas organizações ao sucesso. Para que a produtividade seja potencializada, em setores diversos, deve-se compreender a urgência por um redirecionamento consciente desses colaboradores, o que nos leva ao próximo tópico.

Readequação de profissionais valoriza capacitações

Uma vez que a tecnologia esteja aplicada sobre processos internos, é esperado que as equipes sejam liberadas dessas tarefas de pouco teor estratégico. Com isso, surge uma ótima oportunidade para que o gestor dê início a uma valorização significativa de seus profissionais.

Seguindo a capacitação individual de cada um, assim como o intelecto que nos é único enquanto seres humanos, será possível redirecionar as pessoas para atividades muito mais subjetivas e desafiadoras, que estimulem a inventividade e o protagonismo dos colaboradores. No fim, o maior beneficiado será o próprio negócio, que contará com a atuação de times engajados e motivados, sob o plano de fundo de assertividade e segurança da RPA.

Liderança, proximidade e comunicação: uma tríade indispensável

Em tempos onde o modelo de trabalho se encontra em constante aprimoramento, se utilizarmos como exemplo a adoção do home office, além de outros formatos híbridos, fica exposta a importância de se contar um alto poder de adaptabilidade por parte das equipes, independentemente das circunstâncias. Esse imediatismo também se estende à recepção de novas tecnologias.

Isso posto, é preponderante que o gestor estabeleça uma liderança consolidada e próxima à realidade enfrentada pelos profissionais, compreendendo suas maiores necessidades, dificuldades e pontos de melhoria. Geralmente, a comunicação é colocada em um patamar de pouca influência sobre a eficiência de uma cultura organizacional, no entanto, não existe qualquer perspectiva de evolução sem que ocorra uma troca de informações incessante e inclusiva, sem distinções. É essencial que todos os envolvidos no cotidiano operacional estejam alinhados sob o mesmo objetivo.

Para concluir, volto a enfatizar que, hoje, a construção de uma gestão humanizada se confunde com o advento da transformação digital, especialmente pela figura da RPA. Portanto, é imperativo que as lideranças corporativas, grandes detentoras do poder de decisão, olhem para a atuação de seus colaboradores sob uma ótica estratégica, fomentando uma coexistência benéfica com a tecnologia. Dessa forma, a empresa terá totais condições de aproveitar o que há de mais vantajoso no campo da inovação, sem ofuscar o protagonismo humano.

Rafael Caillet, fundador e CEO da Oystr.

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