O lucro líquido do banco BV somou R$ 363 milhões no segundo trimestre deste ano, 27,7% superior ao registrado no mesmo período de 2023. O forte resultado deveu-se ao aumento de 11% nas receitas e ao recuo de 15,8% no custo de crédito no período. O ROE do BV atingiu 11,1% no trimestre, avanço de 2,1 pontos percentuais sobre o segundo trimestre do ano passado.
Impulsionada pelo financiamento a veículos e também pelos empréstimos com garantia de veículos e a pequenas e médias empresas, a carteira de crédito atingiu R$ 88,1 bilhões no final do segundo trimestre, alta de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023.
A carteira de financiamento a veículos leves usados, setor em que o BV é especialista e líder há 11 anos consecutivos, se fortaleceu e manteve crescimento acelerado no período, com aumento de 13,4%, para R$ 44,1 bilhões. Já os empréstimos para aquisição de motos, pesados e novos veículos subiram 24,6% e atingiram R$ 5 bilhões em carteira. Os empréstimos com garantia de veículos (EGV) cresceram 31,2%, atingindo R$ 3,6 bilhões em carteira. O desempenho dessas linhas de negócios foi responsável pela expansão de 8,5% da carteira de crédito do Varejo.
Já no segmento de Atacado, o destaque foram os empréstimos a pequenas e médias empresas, que alcançaram R$ 2,4 bilhões no trimestre, 36,5% de expansão na comparação anual, e o segmento Corporate, que teve crescimento de 5,2%. Já o Large Corporate e Instituições Financeiras teve queda de 22,2%. A carteira ampliada do Atacado no segundo trimestre recuou 6,3% na comparação anual. Os números refletem o reposicionamento estratégico do BV de priorizar rentabilidade, pulverizar risco e ter uma atuação oportunística no segmento Large Corporate.
"Encerramos o primeiro semestre com recorde na originação em veículos e seguros, no Varejo, e, no Atacado, tivemos recorde nas operações de mercado de capitais e PMEs. Registramos crescimento das receitas de serviços e redução sustentável do custo de crédito, o que nos dá confiança de que estamos em um novo ciclo de crescimento contínuo e sustentável dos nossos resultados. Esse desempenho positivo também reflete os constantes investimentos em diversificação e digitalização feitos nos últimos anos e o fim do pior momento do ciclo de crédito", disse Gabriel Ferreira, CEO do banco BV.
A qualidade da carteira de crédito manteve a tendência de melhora no segundo trimestre com queda, na comparação com o mesmo período de 2023, de 0,9 ponto percentual na inadimplência, que ficou em 4,5%, e índice de cobertura de 167%, 13,1 pontos percentuais acima do registrado no mesmo período do ano passado. A diminuição da inadimplência, somada a melhorias operacionais, garantiu uma maior rentabilidade.
"A queda da inadimplência juntamente com os ajustes que implementamos na política de concessão de crédito, com priorização da expansão em produtos com garantia e melhor perfil de risco, se refletiram na queda acentuada no custo de crédito e melhora da rentabilidade do banco no trimestre. O Índice de Basileia subiu para 15,6% e o Índice de Cobertura, que está em 167%, demonstra a robustez do balanço e uma gestão de riscos eficiente", disse Ronaldo Helpe, diretor financeiro do BV.
As receitas de serviços e corretagem também contribuíram para o melhor resultado do BV no trimestre e reiteram a maior diversificação dos negócios do BV. Alavancadas pelo crescimento da corretagem de seguros e também de maiores comissões sobre colocação de títulos em virtude do forte desempenho do mercado de dívidas, essas receitas tiveram crescimento de 31%, no segundo trimestre na comparação anual, para R$ 647 milhões.
A Bankly, o negócio de plataforma do BV, encerrou o período com 138 parceiros conectados e R$ 32 bilhões em volume transacionado, contribuindo para o incremento das receitas. O Na Pista, poucos meses após seu lançamento, já se tornou um dos principais marketplaces do país, com mais de 220 mil veículos anunciados. Reforçando sua estratégia relacional, o BV chegou ao final de junho com 5,8 milhões de clientes, um milhão a mais do que um ano antes. O volume total de pagamentos somou R$ 8,1 bilhões, crescimento de 11,1%.